A companheira Márcia Choueri mandou uma mensagem de áudio diretamente de Cuba, como forma de participar da Conferência Internacional do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO, já que os embargos do Imperialismo estadunidense sobre a ilha, não permite que ela participe online.
A companheira diz:
“Olá, eu sou Marcia Choueri, brasileira residente em Cuba, sou filiada ao PCO e comunicadora do canal Coisas de Cuba. Esse áudio é para mandar uma saudação muito especial às companheiras presentes à conferência do coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo.
Eu gostaria muito de estar participando com vocês, mas como todo mundo sabe, Cuba sofre com um bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de 60 anos. Em consequência desta política criminosa contra os direitos humanos e cidadãos cubanos, quem vive aqui não tem acesso a muitos recursos da internet, como sistemas operacionais e aplicativos. Por esta razão, eu não posso participar online com vocês, e nem mesmo mandar um vídeo.
Mas embora afete profundamente a vida do povo cubano, o bloqueio nunca conseguiu impedir que Cuba construísse seu caminho para o socialismo. Vou dar aqui dois exemplos da obra da Revolução Cubana em relação aos direitos das mulheres:
Uma das primeiras leis do governo cubano logo após a vitória da Revolução, foi para garantir salários iguais a homens e mulheres, ou seja, para acabar com a desigualdade salarial por gênero. Outra reivindicação histórica do nosso movimento, o direito à interrupção voluntária da gravidez, foi garantido às mulheres cubanas no ano de 1965, a partir do Programa Nacional de Planejamento Familiar que é de 1964.
Eu quero destacar também que mesmo com todas as restrições e obstáculos impostos pelo bloqueio que repercutem duramente no nosso cotidiano, Cuba é o melhor país das Américas para ser menina. Para entender a importância destes dados temos de lembrar que Cuba é um país pequeno e pobre do Caribe, que praticamente não possui recursos econômicos naturais. Sua verdadeira riqueza é seu sistema, sua Revolução.
Penso que a verdadeira conclusão que temos que tirar desses fatos, é que a verdadeira igualdade só chegará com o socialismo, que não é possível derrubar o patriarcado sem acabar com o capitalismo. Essa convicção não diminui a nossa força, pelo contrário, acredito que nossa luta específica deve somar-se ao movimento dos trabalhadores por sua libertação do jugo dos exploradores, que a luta pelo socialismo é de todas e todos, e que o feminismo consequente é um feminismo classista. Nesse sentido, espero e desejo que a conferência seja um importante passo a mais para nossa organização.
Essa é a mensagem que eu queria deixar a todas as companheiras que estão participando da conferência do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, um abraço caloroso a todas e saudações socialistas.”
A conferência irá acontecer neste próximo final de semana, nos dias 23 e 24 de abril. Faça sua inscrição aqui e venha participar de um movimento verdadeiramente revolucionário em nome de todas as companheiras que não poderão estar presentes!