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Patrões estão com Bolsonaro

CUT deve mobilizar contra o “cabresto” e não esperar pela Justiça

A pouco mais de uma semana do segundo turno, eleição se revela como uma luta entre os trabalhadores e a burguesia

Nesta semana, com a proximidade do segundo turno que põe em disputa polarizada a classe operária contra a burguesia que quer manter o país escravizado pelos neoliberais, choveram denúncias de assédio eleitoral praticado pelos empresários. As denúncias subiram de 447 para 903 em um único dia, segundo o último balanço publicado pela imprensa no final da tarde de ontem (20). A região sudeste é a campeã desses abusos, todos eles até o momento impunes pelas instituições burguesas, todas elas também engajadas nessa campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Esse crime de coação contra os empregados faz parte de diversos outros praticados pela burguesia para reeleger Bolsonaro. A burguesia despistou suas opções em vários momentos da corrida eleitoral, inclusive passou a ideia de que apoiaria Lula, mas na verdade o candidato dela é o atual presidente que lançou o país nessa crise política, fruto do golpe de Estado praticado pelos políticos do centrão e da direita dita “civilizada”, os quais apoiaram o governo federal em mais de 80% de seus projetos no Congresso Nacional. Na dividida de bola nessa reta final, a luta de classes falou mais alto: trata-se de uma campanha da burguesia para eleger Bolsonaro através, também, da coação dos trabalhadores pelos patrões. Sendo assim, a classe operária precisa responder a esse ataque de forma organizada não apenas contra o bolsonarismo, mas contra a burguesia em seu conjunto.

As pesquisas eleitorais, sob direção das instituições burguesas, serviram para desmobilizar e criar uma falsa ilusão de vitória fácil para Lula, mas o objetivo delas era alavancar a terceira via e conter o avanço do bolsonarismo no primeiro turno, a fim de que Bolsonaro não ganhasse grande autoridade política e, portanto, certa independência sobre os setores mais poderosos da burguesia.

A esquerda só não perdeu  mais o rumo nesse cenário por causa de Lula, que, experiente, viu que precisava recorrer às suas bases políticas e chamar o povo para as ruas, o que já deveria ter sido feito no primeiro turno se não fosse a operação perfumaria da política “paz e amor”, da esperança sem ódio, uma bobagem que na disputa contra fascistas não decola na prática.

Agora, de forma duvidosa, estamos presenciando o avanço de Bolsonaro nas pesquisas, indicando um empate técnico que pode levar  o presidente da extrema-direita à vitória, pois ele ─ com a conivência do Judiciário e o apoio da burguesia ─ vem usando de forma criminosa a máquina eleitoral, além de mobilizar também a sua base mais fiel.

Sobre esse momento tenso de avanço impulsionado do bolsonarismo, ameaçando a vitória do candidato da classe trabalhadora, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, pelo twitter, alertou para a fraude e chama o povo e todos os sindicatos, sobretudo  a Central Única dos Trabalhadores(CUT), para lutarem nas ruas:

Já não pode haver dúvida de que a candidatura de Lula está sendo vítima de um verdadeiro golpe eleitoral. Mais de 500 empresas foram denunciadas por coagir seus funcionários a votar em Bolsonaro. São na verdade milhares. O STF na pessoa de Barroso deu carta branca aos governadores e prefeitos para organizar o transporte coletivo gratuito para votar, o que não será universal, mas seletivo. Isso permite uma ampla manipulação do eleitorado. O arrastão bolsonarista é, nesse momento, uma ampla mobilização patronal contra o povo trabalhador. É preciso responder à mobilização patronal com a mobilização dos trabalhadores. Cabe ao PT denunciar a situação e chamar todos os militantes e apoiadores às ruas.É preciso que a CUT convoque uma plenária nacional de emergência com todos os seus sindicatos e plenárias regionais para enfrentar o golpe com a mobilização dos trabalhadores. Não há tempo a perder .

Diante desse cenário, não dá mais para confiar cegamente nas pesquisas, no que os jornais divulgam diariamente e nem na propaganda cafajeste praticada pelo direitista André Janones, infiltrado na campanha de Lula, com bobagens da pauta moral, com atitudes típicas de bolsonaristas que não tiram voto algum de Bolsonaro.

A arma indispensável da esquerda para assegurar a vitória de Lula é a mobilização popular e a CUT precisa fazer isso urgente! A CUT é a maior e mais poderosa organização de trabalhadores na América Latina, por isso seus dirigentes e sindicalistas precisam sair de casa e irem para a luta.

É preciso reunir imediatamente os representantes de todos os sindicatos do País para discutir e colocar em prática um plano de mobilização que utilize todo o poder da CUT e de seus milhares de sindicatos para colocar em movimento cada um de seus trabalhadores, convencê-los e conscientizá-los não apenas a votar em Lula, mas também a fazer uma campanha de convencimento com cada companheiro em seu local de trabalho e de moradia.

A CUT tem o poder de mobilizar, desta forma, milhões de trabalhadores. Ela pode não apenas denunciar essa coação promovida pelos patrões para que os empregados votem em Bolsonaro, mas, até mesmo, organizar greves em cada uma das empresas onde isso está sendo praticado. Somente assim os trabalhadores poderão se libertar disso e eleger um governo próprio.

Lula é o candidato do povo e com ele poderá derrotar o golpe de Estado e o bolsonarismo, anulando todas as políticas e ataques dos golpistas para enfim por em prática um governo soberano e dos trabalhadores!

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