Acusada de associação ilícita e fraude pelo Ministério Público argentino, a vice-presidenta Cristina Kirchner disparou que está sendo vítima de um “pelotão de fuzilamento”.
“Em dezembro de 2019, eu disse que este era o tribunal do lawfare [batalha judicial com motivação política], mas hoje considero que é um pelotão de fuzilamento”, afirmou Kirchner, que também declarou que a história irá condenar os responsáveis por essa perseguição.
Cristina direcionou as críticas, principalmente, aos promotores Diego Luciani e Sergio Mola, afirmando que eles forjaram fatos e deixaram informações debaixo dos panos durante o processo. “Os promotores atuaram como se fossem os que escrevem os editoriais dos jornais Clarín e La Nación. as opiniões são livres, mas os fatos são sagrados”, declarou a vice-presidenta.
Apontada como um dos nomes para a corrida presidencial de 2023 na Argentina, Cristina Kirchner saberá sobre o desfecho do seu caso no dia 6 de dezembro.
Principal liderança nacionalista da Argentina, Kirchner está sendo perseguida pelos mesmos motivos que levaram à prisão de Lula e à deposição de Evo Morales. O imperialismo não está disposto a aceitar que os setores mais radicais do nacionalismo, que são muito mais suscetíveis à pressão das massas, retornem à presidência.