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Imperialismo decadente

Crise nos EUA: eleições de meio de mandato

O imperialismo enfrenta crise profunda dentro e fora de seu território, o bloco da burguesia está dividido e uma solução não se apresenta

As eleições de meio de mandato, que ocorrem na metade dos mandatos presidenciais nos EUA estão prestes a acontecer. Uma das eleições mais importantes do mundo, nela todos os assentos da Câmara Federal são eleitos, além de um terço do Senado e 36 governadores, do total de 50. O país mais poderoso do mundo entra na eleição numa profunda crise interna, com um presidente eleito sem de fato ser o candidato de nenhuma parcela da população, que acabou por eleger Joe Biden (Democrata), o candidato do imperialismo e do capital financeiro, sob a chantagem do mal menor realizada utilizando a sombra de Donald Trump (Republicano), candidato da burguesia nacional americana, no ano de 2020.

Nos EUA, 70% dos republicanos, partido de Trump, acreditam que houve uma fraude na eleição de 2020, e que Joe Biden não foi o verdadeiro ganhador naquela eleição. Lá, no entanto, a opinião não foi criminalizada como no Brasil, e não é crime contestar o processo eleitoral e nem seu resultado, direitos democráticos do povo. O próprio Joe Biden demonstrou não ser o candidato de parcela alguma da população organizando guerras pelo mundo, contra a vontade do povo, como o conflito por procuração na Ucrânia contra a Rússia, em que agora pressões nucleares se estabelecem por parte do imperialismo, e o conflito ainda pode escalar. A guerra imperialista destroça a economia europeia, que será predada pela burguesia dos EUA.

A crise é tão intensa que, segundo o New York Times, jornal tradicional do imperialismo, há quatro possibilidades de vitória. Uma vitória clara dos Republicanos, uma sensação de vitória dos Democratas, ou seja, uma derrota pequena, com algum fator simbólico, uma vitória acachapante dos Republicanos, ou uma surpresa dos Democratas. Em outras palavras, o governo do presidente Joe Biden só não será concretamente derrotado em caso de uma surpresa, algo que vá contra todas as tendências políticas do país no momento. O presidente Joe Biden chegou a buscar reproduzir a demagogia da última eleição presidencial, falando que a própria democracia está nas urnas, mas a mesma farsa duas vezes não demonstra convencer o povo.

A eleição se dá após um pleito muito disputado em 2020, com uma votação truncada, com o uso de votação pelos correios dos EUA, método contestado por Donald Trump, num ano em meio a pandemia. Ao final da eleição, os EUA se deparou com um protesto enorme da base trumpista, que invadiu o Capitólio, o prédio que sedia o Congresso dos EUA, tanto Câmara como Senado. Caracterizaram, à época, o que foi um protesto bem semelhante às recentes manifestações pelo Brasil, como um golpe de Estado, tal qual o fazem hoje no Brasil, de maneira tão errônea como da outra vez. Essa caracterização errada, como se demonstrou, não reduziu a polarização ou a crise política. Ao invés disso, deu gás à base da extrema-direita, e agora a vitória dos Republicanos parece certa, assim como a vitória de Trump na próxima eleição presidencial nos EUA. Lá a campanha não é restrita a um período específico, e Donald Trump já declarou: “Preparem-se, é só isso que eu lhes digo — logo. Se preparem.”, em possível alusão ao lançamento de sua candidatura para as eleições presidenciais de 2024.

A derrota eleitoral de Trump em 2020, e de Bolsonaro agora em 2022, não terminou a polarização pois ela é fruto da crise econômica em que a economia mundial, o próprio capitalismo, está inserido. A crise força a burguesia a um ataque feroz contra a classe operária, a uma tentativa desesperada por buscar manter suas taxas de lucros, o que não é possível pela crise e, portanto, por reduzir as perdas. As reduções salariais, cortes de direitos, cortes sociais em educação, saúde, previdência, guerras e a destruição econômica são fruto disso. O mercado busca se expandir, e destrói economias inteiras para refazê-las do zero sob seu controle, como no Iraque.

A população, massacrada, procura uma saída fora das instituições que lhe esmagam mas, ao se deparar com a esquerda reformista, que tenta a todo custo defender as instituições falidas, o trabalhador olha à direita, e vê na extrema-direita, ainda que demagogicamente criticando o “sistema”, uma perspectiva, uma política, ainda que dúbia. A única saída real para a crise é a esquerda se apresentar como tal, em oposição à burguesia, às instituições burguesas, com um programa político próprio, independente de classe da burguesia, um programa operário. Desta forma, a esquerda pode captar os anseios dos trabalhadores, dar uma resposta a seus problemas materiais e começar a dar solução à crise, contrapondo o choque feroz da burguesia com o movimento organizado e consciente das massas.

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