Os ataques à educação não cessam. Ao fim do ano letivo, o governo reacionário de Ratinho Jr., do PSD, anunciou que privatizaria quatro escolas públicas de Londrina, no Paraná. Estudantes, insatisfeitos, protestaram e estão constantemente fazendo manifestações contra a medida.
Uma das quatro escolas que serão entregues para os parasitas capitalistas já em 2023, o Colégio Estadual Olympia Morais Tormenta, tem sido sede de protestos nesta semana desde o dia 3 de dezembro. Com panfletos, cartazes e apitos, cerca de 100 estudantes se reuniram para se manifestar contra a entrega de sua escola para as mãos dos tubarões da educação. Além deles, professores e demais funcionários se colocaram ao lado dos estudantes que protestaram.
Segundo a reforma anunciada por Ratinho Jr., o diretor passaria a ser apenas um diretor pedagógico, deixando a administração e a merenda para a empresa privada que assumisse. Mostrando o caráter ditatorial da medida, pais, professores e alunos foram impedidos de discutir sobre o processo, que vinha sendo comentado desde o começo de outubro, e questionam a falta de democracia na entrega da escola, que, caso seja realmente privatizada, terá meta de aprendizado, possuindo a desconfiança de alunos que, caso não atinjam a meta, alunos com nota baixa poderão ser estimulados a largar a escola.
Por fim, professores e diretores se sentiram coagidos, com medo de sofrerem represálias caso se manifestem. A entrega das escolas para os capitalistas tem fins específicos, como o aumento do lucro dos banqueiros e dos burgueses que controlariam o sistema, além de um sistemático ataque contra a juventude, que deveria seguir o exemplo dos estudantes de Londrina e ocupar não só as escolas, mas também as ruas como forma de se opor à entrega das escolas.
As escolas públicas são um patrimônio do povo e os estudantes paranaenses, com toda a razão, parecem ter entendido seu papel na luta contra os desmanches que o seu governador pretende executar. É fundamental compreender que o interesse dos direitistas não é melhorar a vida da juventude trabalhadora, tampouco fazer com que haja uma melhora na qualidade de vida de sequer uma pessoa – além deles próprios. Os burgueses visam apenas engordar seus bolsos, ganhando mais dinheiro através do suor de quem trabalha e do sangue da classe operária.
Faz-se necessário, desde já, defender a escola pública e o fim do ensino privado. Banqueiro nenhum deve ser bem-vindo na direção de escolas!