O Canadá teve manifestações similares, ganhou aderência popular e colocou o governo de Trudeau em xeque. Então Trudeau decretou estado de emergência e fez uma forte repressão ao movimento, embora elas fossem pacíficas. Mais de 100 manifestantes presos, relatos de caminhoneiros com contas bancárias congeladas e por fim a justiça executou uma ordem mediante força policial para liberar a ponte na fronteira com os Estados Unidos.
Agora, seguindo o exemplo do Canadá, caminhoneiros americanos preparam uma mobilização nacional em direção a Washington. Eles estão contra as restrições da pandemia, principalmente pelo fim da obrigação da vacina e pelo fim do uso de máscaras. O movimento aparenta grande abrangência entre os caminhoneiros e alguns fazendeiros.

O site ThePeoplesConvoy publicou um manifesto, que contem o seguinte parágrafo: “A mensagem do Comboio do Povo é simples. Os últimos 23 meses da pandemia do COVID-19 foram um caminho difícil para todos os americanos viajarem: espiritualmente, emocionalmente, fisicamente e – não menos importante – financeiramente. Com o advento da vacina e dos agentes terapêuticos viáveis, juntamente com o trabalho árduo de tantos setores que contribuíram para a diminuição dos casos de COVID-19 e da gravidade da doença, agora é hora de reabrir o país. O trabalhador americano médio precisa ser capaz de lidar com as dificuldades econômicas dos últimos dois anos e voltar ao negócio de fazer pão – para que possa pagar seus aluguéis e hipotecas e ajudar a impulsionar essa economia. Para esse fim, é hora das autoridades eleitas trabalharem com os trabalhadores de colarinho azul e de colarinho branco da América e restaurar a responsabilidade e a liberdade – levantando todas as restrições e encerrando o estado de emergência – já que o COVID está bem controlado agora e os americanos precisam voltar ao trabalho de forma livre e irrestrita”. Manifesto
Os manifestantes percebem de forma tímida que algo na economia não anda bem para eles. Aumento dos preços dos combustíveis, inflação sobre alimentos e aluguéis, como comentado no manifesto. Eles colocam as restrições como a fonte desses problemas. Por outro lado, as grandes empresas se beneficiaram das restrições, principalmente empresas dos setores tecnológico e farmacêutico. E tiveram aumento de suas ações e lucros recordes. Então existe uma aceleração da concentração de renda e afetando uma quantidade grande de pessoas e de forma pesada.
A concentração de renda está nas alturas e as pessoas saem para as ruas se manifestarem. A solução dos governos é a utilização da força e de leis antidemocráticas para manter a ordem. Porém, eles colocam uma fantasia sanitária, de salvas vidas, para ficar mais digestível com aspecto “democrático”, e apoiável por parte da população.