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Esquerda imperialista

Chile de Boric nega vistos à Seleção Venezuelana de Vôlei

Segundo denúncias do governo venezuelano, Gabriel Boric, presidente do Chile, propositalmente negou vistos da seleção de vôlei da Venezuela que não participará de campeonato

Nessa quarta-feira (21), a Venezuela denunciou que o governo chileno não aprovou os vistos dos membros da seleção masculina de voleibol do país, que viajariam ao Chile para participar do Torneio Sul-americano. O Ministério de Juventude e Esporte e o Instituto Nacional do Esporte emitiram um comunicado afirmando que “apesar de terem sido realizados os trâmites pertinentes e obrigatórios, e cumprido com cada um dos requisitos solicitados pelo consulado do Chile, os vistos não foram aprovados”.

“O governo da Venezuela garantiu, como de costume, o investimento necessário para alcançar o nível de preparação ideal de nossos atletas, assim como todos os aspectos esportivos e logísticos para a participação de nossa delegação”, diz no comunicado.

Ademais, as instituições citadas solicitaram à Confederação Sul-americana de Voleibol (CSV) que avaliasse a “possibilidade de aplicar uma medida excepcional que corrija o ocorrido e que permita a participação da Venezuela” no torneio. Entretanto, em uma nota publicada em sua conta oficial do Twitter, a CSV informou que “definitivamente, a seleção da Venezuela não comparecerá” ao torneio “por demora na tramitação de seus respectivos vistos”.

Então, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, denunciou a decisão como sendo uma “atitude miserável” por parte do governo de Gabriel Boric, afirmando se tratar de uma “decisão unilateral”.

“Os trâmites foram feitos a tempo, entretanto, o senhor [sic] Boric dá a ordem para não lhes dar o visto. É uma agressão contra nosso país, é um governo que está agredindo o povo da Venezuela, senhor Boric, está agredindo os nossos atletas, a nossa juventude”, colocou o dirigente do PSUV.

Temos aqui ainda mais uma demonstração do verdadeiro caráter do governo Boric. Quando eleito, foi louvado pela esquerda pequeno-burguesa como um grande progressista, uma figura que representaria uma mudança genuína na conjuntura de forças políticas na América Latina. Entretanto, sua administração mostra exatamente o contrário.

Um de seus primeiros atos após tomar posse foi a declaração de estado de emergência na região sul do país em decorrência de manifestações, por parte dos povos indígenas Mapuche, que ocorriam na área. Ou seja, Boric reprimiu duramente uma mobilização popular que reivindicava a retomada de terras que pertencem aos índios.

Sem contar no verdadeiro massacre que está promovendo contra a juventude que tomou as ruas do Chile, no último período, em grandes manifestações contra a política direitista de Boric. Trata-se, portanto, de um quadro que sua bravata identitária não é capaz de ocultar.

Além de ser um direitista em relação ao povo de seu próprio país, Boric também é um grande amante do imperialismo no que diz respeito à sua política externa. Durante sua campanha, fez questão de atacar os governos da Nicarágua e de Cuba. No caso em questão, vemos uma continuação dessa postura em relação ao governo venezuelano com um ataque que não é somente ideológico, mas sim material. Afinal, o esquerdista chileno está proibindo atletas de fisicamente ingressarem em seu território.

Fica cada vez mais claro que, ao contrário de uma figura progressista, Boric representa a nova esquerda que o imperialismo fabricou para impôr a sua política sobre os países latino-americanos. É exatamente a mesma coisa de Gustavo Petro, na Colômbia, que já declarou que vai colaborar militarmente com os Estados Unidos para “proteger” a Amazônia. Uma tentativa esfarrapada para tentar justificar a intervenção imperialista na região.

Ainda, é uma prova viva de que o identitarismo também é uma política importada dos EUA. Finalmente, enquanto Boric diz que vai instituir ministérios paritários, envia a polícia para reprimir violentamente a juventude chilena. Sem contar em toda a sua demagogia envolvendo o meio ambiente que, na prática, serve para entregar todo o patrimônio chileno ao imperialismo.

Nesse sentido, é preciso separar o joio do trigo. Boric não possui nenhuma relação com as massas chilenas e, portanto, não é efetivamente pressionado por elas, mas sim, pela burguesia imperialista. Portanto, governou, governa e governará conforme os interesses de classe dos capitalistas, e não dos trabalhadores. Estes devem, acima de tudo, lutar por um governo dos trabalhadores e, para tal, é preciso tomar as ruas tal qual foi feito em 2019, antes da farsa da constituinte no país.

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