Nesse sábado (20) realizou-se, no Vale do Anhangabaú, na Grande São Paulo, o comício chamado pelas lideranças do PT e de outros partidos que supostamente apoiam Lula para presidente.
Segundo o chamamento do Partido dos Trabalhadores em seu site, “a expectativa geral é a de reunir dezenas de milhares de pessoas para mostrar a força das candidaturas de Lula e Alckmin; de Fernando Haddad, para governador; e Márcio França, para o senado”. (site PT Lula Presidente 19/08/2022)
Ao contrário das expectativas, o ato não contou com a presença massiva dos trabalhadores e da população, em geral, consequência da política defensiva dos organizadores e sob a clara pressão dos partidos e políticos de direita que integram a campanha que não querem ver uma mobilização massiva e combativa dos trabalhadores em favor da vitória de Lula, esse sim um candidato ultra popular que, com certeza tem a possibilidade de levar centenas de milhares de pessoas aos comícios.
Ao invés de organizar um chamamento amplo junto aos sindicatos, movimentos populares e a população, o que se viu foi um pedido para que os militantes não levassem bandeiras, as pessoas eram revistadas antes de entrar com detector de metais, em consequência formou-se uma extensa fila na entrada, onde as pessoas eram obrigadas a ficar por horas.
Pior do que isso, era a enxurrada de discursos dos políticos direitistas, que apoiaram o golpe contra os trabalhadores e, agora travestidos de esquerdistas do tipo Geraldo Alckmin, Márcio França, Randolfe Rodrigues, que procuram cavalgar no enorme prestígio popular do ex-presidente Lula.
Esse sim, é o principal motivo que afasta as pessoas nos comícios da esquerda. Quem em sã consciência poderia achar que um comício da esquerda, de trabalhadores, teria que aturar um lacaio dos países imperialistas fazer discurso para a classe da qual ele sempre combateu em toda a sua vida política!? Ou mesmo Márcio França e Randolfe Rodrigues, apoiadores diretos do golpe de Estado na farsa do impeachment no reacionário Congresso Nacional da presidenta Dilma Rousseff e, também, da operação Lava Jato que liquidou o País e levou Lula à prisão. São personagens marcados pelo ataque ao funcionalismo, privatizações, repressão à luta dos trabalhadores do qual os seus partidos são apoiadores de primeira hora em todas as medidas do governo Bolsonaro contra os trabalhadores e a população.
A burguesia, a sua imprensa e seus partidos, inclusive com a ajuda de setores da esquerda, procura convencer a população de que devem votar e fazer campanha em candidatos que representam o que há de pior na política nacional.
Mais do que nunca os trabalhadores devem se recusar a fortalecer os candidatos e partidos patronais que se apresentam como lobos em pele de cordeiro. Todos eles, “direitistas”, “democratas”, “nacionalistas”, “progressistas” etc. têm em comum a política de atacar as massas para ajudar os capitalistas em crise.