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Controle popular do futebol

Cartolas da Ferj destroem o Cariocão

É preciso reivindicar o controle dos clubes e dos campeonatos pelos torcedores

Existe uma campanha da direita imperialista contra os campeonatos estaduais. Para imitar o futebol europeu, os cartolas brasileiros, a serviço dos grandes capitalistas estrangeiros do futebol, fazem de tudo para desmoralizar os campeonatos que, durante muito tempo, foram dos mais importantes nacionalmente.

No Rio de Janeiro, o Campeonato Carioca está em franca decadência. Começa pelos regulamentos totalmente bizarros, como a vantagem do empate da semifinal para o time que liderou os pontos corridos — agora transformados em Taça Guanabara. Esse tipo de regulamento serve para manter os times menores de fora da final. 

Por exemplo, imaginemos que um dos quatro grandes (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) fique de fora das semifinais e um time menor, como Madureira, Bangu ou qualquer outro, garanta seu lugar na 4º colocação. O 1º colocado, que, tirando uma exceção fora do comum, é um dos quatro, vai enfrentar esse time, podendo empatar os dois jogos e se classificar para a final.

Foi esse regulamento que tirou o Botafogo da final do Carioca este ano, apesar de ter vencido contra o Fluminense por 2 a 1 no jogo de volta, no qual o mandante era o tricolor, que venceu o primeiro jogo por 1 a 0 no Estádio Nilton Santos, campo do rival.

Mas os abusos são muito maiores. Fluminense e Flamengo foram claramente favorecidos nesta edição do campeonato. Durante a fase de grupos, pênaltis claros contra o Flamengo e favor de Botafogo e Vasco não foram marcados, enquanto no primeiro jogo da semifinal entre o cruz-maltino e o rubro-negro o VAR (Vídeo Arrumador de Resultados) buscou todos os detalhes de uma jogada para marcar uma penalidade a favor do Urubu.

Aqui não entra em questão a qualidade dos times. O Flamengo claramente tem um time superior aos dois alvinegros do Rio, mas mesmo assim a arbitragem fez lambança — algo repetitivo ao longo dos anos e que desmoraliza o campeonato.

Da mesma forma, a semifinal entre Botafogo e Fluminense foi um descaso total da Ferj. Começa que o jogo no qual a Estrela Solitária era mandante foi transferido, sem nenhum motivo, para uma segunda-feira, reduzindo o público botafoguense no estádio e tirando do jogo dois dos melhores jogadores do clube, o goleiro Gatito Fernández (escalado na Seleção Paraguaia) e Matheus Nascimento (da base da Seleção Brasileira).

O Botafogo entrou em contato com a Associação Paraguaia de Futebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas só conseguiu garantir Nascimento. Gatito ficou de fora.

A lambança ocorreu mesmo no segundo jogo entre os clubes. O Fluminense tendo ganho o primeiro jogo de 1 a 0, estava favorecido pela esquisita “vantagem do empate”, pois terminou em primeiro lugar nos pontos corridos. O Botafogo para ir à final contra o Flamengo, que ganhou contra o Vasco, precisava garantir, pelo menos, dois gols de diferença.

Durante o jogo, a Estrela Solitária conseguiu o resultado no final do segundo tempo, marcando 2 a 0. A arbitragem deu 5 minutos de acréscimos. Até aí tudo bem. Terminando os acréscimos, o Botafogo sofreu uma falta e, ao invés de terminar o jogo após a bola parada, a arbitragem decidiu, sem motivo nenhum, dar mais dois minutos de acréscimo. 

O Fluminense conseguiu no final dos ‘acréscimos dos acréscimos’ garantir seu gol, levando o placar a 1 a 2 no Maracanã, resultado que o classificaria à final. No entanto, no final do tempo, o Botafogo sofreu uma falta na qual, tendo um jogador a mais, poderia mudar o placar. Antes mesmo de bater a falta, que demorou a acontecer diante de reclamações dos jogadores do tricolor, o juiz apitou o fim da partida, garantindo a classificação do Fluminense.

A arbitragem mal intencionada se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, fazendo com que até mesmo rivais (torcedores de Vasco e Flamengo) denunciassem o que aconteceu no Maracanã.

Independentemente dos times que foram favorecidos nessa edição — e isto altera de edição para edição — as bizarrices dos cartolas da Ferj no Campeonato Carioca desmoralizam totalmente a competição, que durante muito tempo foi o principal estadual do país.

Isso coloca novamente a necessidade de se lutar pelo controle das torcidas sobre o futebol. Além dos clubes terem de ser controlados pelos principais interessados no time, os torcedores, é preciso também haver um controle da população sobre os regulamentos dos campeonatos — seja ele estadual, regional, nacional ou internacional. 

É preciso reunir as torcidas organizadas em prol desse projeto, pois apenas isso pode livrar o futebol dos interesses parasitários dos capitalistas, que lucram em detrimento do jogo, expulsando o povo dos estádios e tornando o esporte um mero empreendimento capitalista, ao estilo do “futebol” americano.

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