A eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para governador de São Paulo marcou o fim da “dinastia” tucana no estado, que durava mais de trinta anos. No entanto, mesmo com o fim do PSDB no controle, a política neoliberal está longe de ser alterada pelo novo mandatário. Segundo recente notícia publicada pelo Estadão, a burguesia aposta na pauta neoliberal e em privatizações no novo governo paulista.
Com a eleição, a privatização da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, está novamente sendo colocada pela burguesia como um problema a ser resolvido na ordem do dia. Segundo a matéria, Tarcísio já se posicionou favorável a uma provável venda da empresa, uma das principais e mais importantes do estado de São Paulo, classificada, inclusive por analistas da burguesia, como uma das que possuí um dos melhores desempenhos e lucros no estado.
O governo anterior, de João Doria, já havia anunciado a contratação de uma consultoria para avaliar o “melhor modelo de privatização” da empresa e, agora, está nas mãos de Tarcísio dar continuidade a entrega de uma empresa estratégica do governo estadual, responsável por justamente controlar todo tratamento da água no território local.
Analistas contratados pelo Banco Bradesco veem como fundamental a venda da empresa, assim como ocorreu a nível nacional com a Eletrobrás, um dos maiores crimes cometidos pelo governo de Jair Bolsonaro, um aliado do recém eleito governador de São Paulo. Uma das propostas é realizar a entrega total da empresa já durante a segunda metade do mandato de Tarcísio, revelando a pressa em entregar a estatal.
É necessário combater a política de entrega desta fundamental empresa de São Paulo, mobilizar os trabalhadores e ocupar a empresa. A entrega da companhia é um marco da total destruição e entrega do estado para os capitalistas, um retrocesso que promete aprofundar a miséria no País.