A Seleção Brasileira voltou a campo nesta segunda-feira pela Copa do Mundo. O jogo foi disputado no Estádio 974, um estádio temporário, construído a partir de contêineres nas margens do Golfo Pérsico. A retranca suíça foi finalmente furada aos 37 minutos do segundo tempo e dessa vez nem o VAR impediu o gol brasileiro.
Já era de se esperar que a Suíça apostasse em impedir que o futebol fosse jogado hoje, pois é o que conseguem fazer. Neymar obviamente fez muita falta, assim como faria falta para qualquer seleção de futebol do mundo. Nada melhor do que um gênio da bola, que atrai sempre mais de um marcador, para quebrar a organização das seleções europeias. Para deixar a partida mais angustiante, Tite optou por uma escalação pouco ousada, privilegiando a consistência defensiva que fez com que o Brasil não sofresse gols em 54 dos 78 sob seu comando..
Por parte da arbitragem, os suíços tiveram o mesmo tratamento que recebem os demais adversários do Brasil e tiveram liberdade para segurar os brasileiros na base do pontapé. Deslocado para a função que seria de Neymar, o meia Paquetá criou duas importantes chances de gol para Richarlison, aos 11 e aos 18 minutos. Aos 26, Raphinha deixou Vinícius Júnior na cara do gol, mas a finalização saiu fraca e o goleiro conseguiu espalmar para escanteio.
No intervalo, Paquetá deu lugar ao garoto Rodrygo, que aos 18 minutos participou da rápida jogada de contra-ataque daquele que seria o primeiro gol do jogo. Vinícius Júnior entrou com frieza na área e rolou a bola para o fundo das redes, esbanjando categoria. Mas o VAR não podia ficar de fora e o belo gol foi anulado. Antes disso, pudemos assistir a Vinícius homenageando seu ídolo Neymar na comemoração ao imitar a careta com a qual o camisa 10 vem comemorando seus gols ultimamente.
Aos 27 minutos, ou 73 naquela contagem estranha que os europeus impõem, Anthony e Gabriel Jesus entraram nas vagas de Raphinha e Richarlison. Antes, aos 13, Bruno Guimarães havia substituído Fred. E, no final do jogo, Alex Sandro deu lugar a Alex Teles. Trocas de jogadores sem mexer no esquema tático, para desespero de quem queria que o Brasil fosse para o tudo ou nada. Por fim, a Seleção conseguiu invadir a área adversária com uma troca de passes rápida entre Vinícius Júnior, Rodrygo e Casemiro, que finalizou de primeira, com a bola quicando. Um chute difícil e firme, que resvalou no zagueiro e entrou no cantinho, um belo gol do volante brasileiro.
A Seleção poderia ter ampliado, mas a Suíça permaneceu na retranca e os jogadores brasileiros não conseguiram aproveitar as poucas brechas encontradas. O importante é que mais uma vez conseguimos furar uma retranca e levar os três pontos, o que trouxe a classificação antecipada para as oitavas de final e mais tranquilidade para o elenco que teve que lidar com a rasteira campanha de ataques contra sua principal estrela.
Por conta do completo desnorteamento de parte da esquerda com as eleições, alguns aloprados passaram a comemorar a lesão do camisa 10 do Brasil, inclusive relativizando o talento do craque e sugerindo que o time funcionaria melhor sem ele. Um completo disparate, que mostra que além de não saberem nada de política, ignoram também como funciona o futebol e como é a relação entre Neymar e seus companheiros de Seleção.
Para fechar a primeira fase, o Brasil enfrenta a seleção de Camarões na sexta-feira às 16h, no mesmo estádio que estreou contra a Sérvia. Em São Paulo, os jogos estão sendo transmitidos no novo CCBP Centro Cultural Benjamin Peret, na rua Conselheiro Crispiniano, 73. Fica no centro da cidade, próximo ao metrô Anhangabaú. Venha torcer junto com a esquerda que não cai na onda do imperialismo e defende o futebol brasileiro. Rumo ao Hexa!