O jornal golpista, Folha de São Paulo, divulgou nesta sexta-feira seu mais novo editorial intitulado “Mau começo”. Em um artigo de duros ataques ao que indica ser nova política econômica do governo Lula, o jornal passa a defender mais abertamente a política econômica em defesa do “mercado”, ou seja, dos bancos privados e dos grandes especuladores do capital financeiro internacional.
No editorial a Folha declara que Lula “conseguiu derrubar grande parte das esperanças que seu governo vá adotar uma política econômica racional e socialmente responsável”. Defendendo que a política do governo deveria começar pelo “equilíbrio” econômico e não pelos investimentos na área social, a Folha de São Paulo, como descrevem alguns dos próprios comentários realizados na página do jornal revela mais uma vez que é inimiga do trabalhador.
Na realidade, a política econômica que Lula vem indicando é um bom sinal. O chamado “equilíbrio” defendido pela imprensa golpista e o teto de gastos, nada mais é que a política oficial dos banqueiros, dos acionistas estrangeiros e do imperialismo para o País. Quando fala-se de equilíbrio e responsabilidade fiscal, o que a imprensa burguesa quer dizer é que, independente da situação econômica do país, da miséria e falta de emprego para a população, é necessário em primeiro lugar manter em crescimento os lucros dos bancos. Para manter estes parasitas, a burguesia colocou o Estado nacional à serviço de sustenta-los. Assim, com o dinheiro público, no lugar de ser investido no país e permitir uma melhor situação vida para os trabalhadores, é utilizado em grande parte para garantir os lucros deste setor.
Os sinais que Lula vem dando de se opor a política do mercado são assim positivos para os trabalhadores. É preciso ir além, Lula precisa romper totalmente com a política de parasitismo dos bancos privados, retomar o Banco Central para a mão do Estado brasileiro, recuperar as empresas entregues ao imperialismo e adotar uma política intensa da reindustrialização do país, geração de empregos, aumento real do salário mínimo, revogação de todos as reformas, seja as trabalhistas ou da previdência. Para defender o interesse dos trabalhadores, é preciso ir contra o bancos, contra o imperialismo e a política defendida pela imprensa golpista.
A partir de agora, a imprensa burguesa centrará fogo nos ataques ao recém eleito governo do PT. Seja no ministério da economia, nas chantagens do mercado e na pressão do imperialismo, a burguesia já vem anunciando até mesmo que “mercado derruba o governo”, um recado à Lula e aos trabalhadores. Contra estes ataques é preciso reagir, e com o apoio de mobilizações populares, defender o governo e confrontar a burguesia golpista.