Os casos de covid-19 voltaram a subir na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. Nas últimas três semanas, a Secretaria Municipal da Saúde da cidade verificou um aumento de até 15% de positivo para os testes que são realizados nas unidades de saúde do município. Quem afirmou isso foi a secretária municipal, Cláudia Navarro, que deu entrevista à Folha de S. Paulo na última quinta-feira (17). Ela também pontuou que, durante esse tempo, não ocorreu aumento de óbitos ou internações em UTI.
Segundo Navarro: “para Belo Horizonte não voltar a registrar esse quadro, estaremos anunciando a volta do uso de máscaras”. Foi publicado até mesmo decreto para tal, sendo instituindo como obrigatório o uso de máscara até o dia dois de dezembro, conforme o Diário Oficial do Município (DOM). Até o momento, não foi dito se esta data pode ou não ser extendida. Serão necessárias ainda, medidas de prevenção como o isolamento para pessoas com suspeita e também a higienização das mãos.
Enquanto essa “nova onda” volta em algumas capitais nacionais e mundiais, fica a pergunta: as vacinas foram eficazes? Tendo em vista que sim, por que, então, as mesmas medidas adotadas em março e abril de 2020, estão sendo impostas novamente? Pois, durante todo o ano passado, a imprensa e o Estado nos venderam uma ideia de que todas as doses de vacinas, ou seja, as três doses que disponibilizaram pra população, dariam conta de conter o avanço da doença interrompendo o contágio. Isso não foi comprovado, mas o fato era de que sim as vacinas eram apenas eficazes no que dizia respeito à imunidade de quem a tomasse, não eliminando o contágio entre as pessoas.
Quem tomava a vacina, ficaria mais resistente ao vírus, mas não ficaria livre nem de transmiti-lo, nem de ser infectado pelo mesmo. Agora, o que fica é, será que até para a questão da imunidade individual, estas três doses estão impedindo o avanço da covid-19 de fato? Com tal anúncio e tais medidas, em uma das maiores capitais do Brasil, Belo Horizonte, muita gente vai passar a se questionar. E caso uma “nova onda” volte mesmo com tudo? As vacinas teriam sido o que, de fato? Quem sabe uma forma de controle social, no sentido de que as pessoas só podiam se locomover em 2021 portando o carimbo com as doses exigidas em cada período do ano.
Sendo assim, fica claro que as vacinas, no mínimo, falharam em trazer tudo o que lhes foi dito, ou seja, que seriam um fator decisivo para se barrar a covid, coisa que não foram, e estão longe de ser. Logo, o que fica na mente do cidadão comum, que foi obrigado a se picar mais de três vezes ao longo do ano passado inteiro, é a opção de controle social. De que caso a vacina não funcione, ele terá que ser obrigado a ficar ainda mais um tempo isolado dentro de casa, uma espécie de “fique em casa” renovado. Mas, agora, com o organismo cheio de vacinas que não surtem mais o efeito desejado contra as novas variações da doença.