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Como derrotar o bolsonarismo

Bater de porta em porta e vencer a eleição nas ruas

O caminho para a vitória nessa reta final passa pela ação militante nos bairros populares

Em postagem no Twitter nesta última sexta-feira (21), o ex-presidente Lula declarou qual deve ser a orientação para a militância de esquerda nesta reta final da eleição. Disse ele: “eu quero que vocês andem casa por casa, ver quem não foi votar no 1° turno e convencer a votar e participar no 2° turno.”

A declaração do candidato da esquerda é acertadíssima e revela um avanço na política que guiou sua campanha até então. A orientação de Lula vai ao encontro do que este Diário e o Partido da Causa Operária (PCO) vêm defendendo desde o fim do primeiro turno: é necessário mobilizar e organizar cada apoiador e ativista da campanha e ir até onde o povo está: nos bairros populares, nas fábricas e locais de trabalho, nas aldeias e retomadas indígenas, nas ocupações dos sem terra e sem teto, nas escolas e universidades.

Longe de ser uma simples escolha ou preferência do ex-presidente, essa orientação consiste em uma necessidade da campanha ― uma necessidade se Lula quiser derrotar Bolsonaro. Na fase atual da luta, a campanha de Lula precisa colocar em marcha um movimento que se contraponha e esmague o movimento colocado em ação pelo bolsonarismo. 

A explosão de casos de coação de empregados pelos patrões nos locais de trabalho ― o chamado (eufemisticamente) “assédio eleitoral” ― é a face visível da movimentação organizada pela burguesia em favor de Bolsonaro. As pressões coercitivas nos ambientes de trabalho são acompanhadas por rios de dinheiro despejados na campanha do candidato da extrema direita.  

À ação direta das organizações patronais se soma a atuação das “instituições democráticas”, sobretudo do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O tão propalado combate às “fake news”, objeto de propaganda durante todo o período de pré-campanha, não passou de conto da carochinha. A campanha de Bolsonaro não hesitou em entrar no terreno da selvageria, usou e abusou de mentiras, manipulações e meias-verdades. E qual foi a conduta dos baluartes da luta contra as “fake news”? Praticamente nenhuma. O “caçador de fascistas” Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, não combateu fascista nenhum, como já era previsível para quem não se deixou levar pelas aparências e pela propaganda da imprensa capitalista. As ditas “instituições democráticas” abrem as portas deliberadamente para a passagem do arrastão bolsonarista.

Os monopólios da imprensa capitalista fizeram movimento similar. Depois de mirarem as balas sobre Bolsonaro no primeiro turno, agora puxam o freio nas críticas e aumentam a carga contra Lula. 

O dado mais essencial da situação política é este: há uma enorme movimentação da burguesia, dos patrões, da direita em torno de Bolsonaro, uma movimentação que não poderia ser qualificada senão como um golpe eleitoral. Essa movimentação, no momento, tende a desequilibrar a balança em favor de Bolsonaro.

Para vencer, a campanha de Lula precisa dar uma resposta à altura. Precisa, em primeiro lugar, tomar consciência do caráter que a luta eleitoral adquiriu. As grandes forças sociais que dominam a sociedade, a burguesia e os trabalhadores, organizam-se em torno de cada um dos candidatos. Detrás de Bolsonaro já não encontramos apenas o PL e os setores bolsonaristas mais fieis, mas toda uma classe social. O mesmo se passa com Lula. Detrás de sua figura não encontramos apenas o PT, a máquina partidária, mas os trabalhadores de conjunto. As eleições põem às claras a luta de classes, e a campanha de Lula deve se apoiar numa política que corresponda a esse estado de coisas.

Se os patrões se organizam em torno de Bolsonaro, e os trabalhadores em torno de Lula, então o candidato da esquerda deve fazer um movimento consciente em direção aos últimos. Nisso reside o acerto da recente orientação de Lula aos militantes. 

Lula parece ter entendido que ao arrastão bolsonarista é preciso opor um verdadeiro arrastão operário e popular. E enquanto a campanha bolsonarista recorre aos tradicionais métodos da burguesia (a coerção contra os trabalhadores, o dinheiro abundante, a venalidade da imprensa burguesa e a demagogia das instituições do Estado), a campanha de Lula não tem outro meio que não recorrer aos métodos tradicionais da classe operária e dos explorados, a sua própria mobilização.

O caminho da vitória passa por transformar a campanha de Lula numa verdadeira onda de mobilização popular. É hora do corpo a corpo! É preciso bater na porta da casa de cada pessoa e explicar que o governo Bolsonaro é um governo de ataque às condições de vida do povo. É preciso explicar para cada trabalhador que a luta por Lula Presidente abre o caminho para a defesa de um programa de luta que atenda aos seus interesses reais; que Lula é o candidato dos trabalhadores, do aumento do salário mínimo, da manutenção e reajuste do Auxílio Brasil; que ele é o candidato da luta contra as privatizações das empresas estatais; que ele é o candidato da revogação das reformas trabalhista e da previdência, e assim por diante.
O caminho para a vitória nessa reta final passa pela ação militante nos bairros populares. Bater de porta em porta tem que ser a palavra de ordem.

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