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Luta bancária

Bancários se organizam contra os ataques do Santander

Os banqueiros do Santander promovem um verdadeiro terror na categoria bancária e os trabalhadores respondem com protestos em todo o País

Nessa terça-feira (29), os bancários do Banco Santander realizaram protestos em todo o País contra a ofensiva reacionária, do banco imperialista espanhol, em solo brasileiro. O banco vem promovendo uma política terrorista contra os trabalhadores, através de demissões em massa, abertura de agências em finais de semana, fechamento de agências e dependências bancárias, assédio moral para o cumprimento de metas, descomissionamentos, e além disso, o retorno ao trabalho presencial de todos os trabalhadores, inclusive do grupo de risco e as mulheres grávidas.

As manifestações aconteceram em todo o País e, segundo informações da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), todas as suas bases sindicais participaram da mobilização, com fechamentos parciais, atrasos no início das jornadas de trabalho, reuniões entre os funcionários, etc.

Ainda, segundo as direções sindicais, “o estopim para as manifestações foi a convocação pelo banco de todos os trabalhadores, mesmo os que têm doenças que podem ser agradas pela Covid-19, incluindo grávidas e funcionários não vacinados, para o trabalho presencial a partir do dia 4 de abril” (site Fetec/CN 29/03/2022)

A medida dos banqueiros de retorno completo ao trabalho presencial, mesmo sem que a pandemia tenha terminado, provoca uma gigantesca indignação nos trabalhadores que, somada ao gigantesco ataque que a direção da empresa vem desferindo sobre seus funcionários, aumenta exponencialmente o grau de insatisfação no seio da categoria.

Os ataques são sistemáticos; em plena pandemia do coronavirus, passando por cima do acordo firmado com as organizações sindicais, somente no ano de 2020, o banco demitiu mais de 3 mil trabalhadores, além de fechar 166 agências e 27 postos de atendimentos (PAB). Atacam a jornada de trabalho, com a abertura das suas agências nos finais de semana (com o objetivo de tentar liquidar um direito histórico da categoria bancária que é a reivindicação de 30 horas semanais). Ademais, intensificam a escravidão dos trabalhadores ao convocá-los sem o recebimento de remuneração, mas com a imposição de horas extras.

É preciso lembrar que o assédio moral, para o  atingimento de metas de venda de produtos bancários, é o modus operandi dos chefetes de plantão. Sem falar do terrorismo aos dirigentes sindicais que são ameaçados cotidianamente, passando por cima de um preceito fundamental na organização dos trabalhadores.

O problema das demissões é um dos mais graves na categoria. São dezenas de milhares de bancários que sistematicamente vêm perdendo os seus empregos por conta da política dos banqueiros e seus governos, de lucro a qualquer custo. Uma das justificativas para essas milhares de demissões diz respeito à tal “modernidade”, e à “adequação ao mercado”, meras desculpas. Tão gritante quanto, é o fato de que, além de tudo, estão trocando a mão de obra efetiva por terceirizados, uma marca avassaladora da precarização do trabalho.

Colocando em perspectiva a questão das demissões, somente no período de dois anos de pandemia, de 2020 a 2021, 15.4 mil bancários perderam os seus empregos no País, inclusive sem que houvessem reposições. Além disso, há uma gigantesca rotatividade nos bancos privados, política tradicional desses banqueiros onde cerca de 80% dos trabalhadores do Itaú, Bradesco, Santander, entre outros, não chegam a permanecer cinco anos na empresa, sendo trocados por novos funcionários com salários muito menores.

Os banqueiros do Santander, conjuntamente com os maiores bancos privados do País (Bradesco e Itaú/Unibanco) são a ponta de lança dos ataques desferidos contra os trabalhadores bancários e a população em geral. Para tal, contam com os seus serviçais tanto no governo federal, quanto na esfera estadual.

Nesse sentido, é necessário organizar uma vigorosa mobilização, de toda a categoria, para barrar a ofensiva reacionária dos patrões e seus governos. A categoria bancária estará, nos próximos meses, preparando a sua campanha salarial e as suas organizações de luta devem tirar um plano para preparar os enfrentamos que estão por vir. Uma das palavras de ordem que, necessariamente, devem ser levantadas diz respeito ao Fora Bolsonaro e todos os golpistas e, acima disso, Lula Presidente.

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