Depois de a categoria deliberar, em plenária realizada no dia 18 de janeiro, em defesa das reinvindicações apresentadas pelo Comando Nacional aos banqueiros, tais como a volta dos funcionários à condição de trabalho remoto, pelo pleno atendimento para a aquisição dos Equipamento de Proteção Individual (EPI), higienização nos ambientes de trabalho, volta ao controle de acesso às agências, suspensão de visitas a clientes, etc., a direção do Banco do Brasil ignorou completamente tais reivindicações. Em consequência, o número de infectados nas dependências do banco tiveram um aumento até então nunca visto. São andares inteiros, nos grandes prédios, que vem apresentando um grande número de trabalhadores infectados, nas agências bancárias, nem falar, já que problema sempre existiu, desde o começo da pandemia e permanece existindo até hoje.
Para se ter uma ideia do grau de gravidade da atual situação, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) que, na pandemia, criou o sistema de telemedicina, com atendimento virtual, está superlotado, não dando conta de atender a demanda dos seus associados. Uma verdadeira calamidade para os trabalhadores bancários.
Devido ao total descaso da direção golpista do Banco do Brasil, o Sindicato dos Bancários de Brasília organizou, nesse dia 27, “Dia Nacional de Luta do BB”, em que foram fechadas as unidades que foram confirmados casos de contaminação pelo covid, além disso, o Sindicato conseguiu, através do seu jurídico, liminar em caráter de tutela de urgência antecipada, devendo o Banco do Brasil, alocar imediatamente em trabalho remoto todos os empregados que se encontravam em regime remoto em 2021, e promover o encerramento do expediente nas dependências em que ser verificar caso confirmado de covid-19.
Desde o primeiro momento em que os banqueiros e seus governos decidiram pelo pleno retorno ao trabalho presencial, mesmo aqueles considerados de grupo de risco, este Diário vem sistematicamente denunciado o completo descaso dos patrões, que consideram os bancários apenas como um número, ou seja, que se dane a vida do bancário; que se dane a família do bancário, o que interessa, para esses sanguessugas da população, são apenas os lucros, e nada mais. Tanto é assim, que não fizeram nada desde o começo da pandemia. Determinaram que o serviço bancário passasse a ser, na pandemia, essencial; em consequência, houve um aumento em mais de 200% dos desligamentos por óbitos na categoria.
A direção do BB determinou o retorno presencial obrigatório sem oferecer, minimamente, um ambiente seguro para os trabalhadores. Reduziu o afastamento mínimo para 1 metro entre as posições de trabalho, não disponibiliza testagens, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de ponta, higienização frequente nas dependências; os ambientes são fechados sem ventilação natural.
Diante dessa gravíssima situação é necessário, intensificar a mobilização de toda a categoria, através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora (greves, ocupações, fechamento das agências e dependências bancárias), contra a política genocida da empresa. Pelo imediato cumprimento rigoroso de todas as medidas sanitárias, como testes, máscara de qualidades, que devem ser trocadas a cada 4 horas de uso, dentre outras medidas de segurança reivindicada pelos bancários. Somente uma luta efetiva dos trabalhadores pode barrar a ofensiva reacionária da direita golpista da direção do Banco do Brasil, a mando do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro.
