Com a “reforma” trabalhista, aprovada no reacionário Congresso Nacional e ratificada pelos “democratas” do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda no governo do também golpista e bolsonarista, Michel Temer, eliminou direitos e conquistas da classe trabalhadora, aprovando, dente outras medidas, a lei da terceirização.
A tal lei impôs a medida de que as atividades de uma empresa podem ser executadas por trabalhadores terceirizados, tanto nas atividades meio quanto nas atividades fins.
Através disso, os banqueiros estão a todo vapor, se utilizando desse artifício, para reduzir os seus custos com as suas folhas de pagamento, com a demissão em massa de bancários, que estão sendo substituídos por terceirizados.
Ou seja, o golpe é transformar os trabalhadores efetivos em terceirizados, onde os mesmos irão realizar as mesmas tarefas, só que com salários rebaixados, sem os mesmos direitos da categoria bancária, conquistados através de muitas lutas e garantidos nos Contratos Coletivos.
Este Diário, sistematicamente vem denunciando essas medidas dos banqueiros, tanto nos bancos privados, quanto nos bancos públicos, que estão se utilizando dessa jogada para aumentar os seus fabulosos lucros.
E é justamente contra essas medidas que os bancários vêm se mobilizando, já que estão sendo duramente atingidos por mais essa medida reacionária dos banqueiros.
Em resposta a estas medidas, diversas cidades do país, os bancários do Santander, através das suas entidades de luta, estão realizando diversas manifestações e paralisações parciais, com o retardamento da abertura das agências, como forma de protesto.
A direção do Santander está executando um verdadeiro golpe na praça contra os seus trabalhadores, quando abre novas empresas vinculadas ao banco, mas com outro CNPJ, ou seja, uma empresa terceirizada do próprio banco, e transferindo compulsoriamente os bancários e transformando-os em terceirizados.
É claro que os banqueiros do Santander não estão sozinhos nessa “empreitada”; recentemente os banqueiros do Itaú determinaram terceirizar mais um setor: o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), em São Paulo, em que, pelo menos 270 funcionários irão ser afetados diretamente. Além disso, o banco também determinou a extinção da área mesa PJ (veículos) devido à automação do setor. Serão mais 50 trabalhadores atingidos por esta medida. Os ataques não param por aí! O Pool de Qualidade das Agências digitas Personalité será extinta, atingindo cerca de 130 bancários.
A política de terceirização nos bancos é um golpe contra toda a categoria bancária, precariza os direitos dos trabalhadores, conquistados através de muitas lutas e, revela, mais uma vez, que os trabalhadores bancários não devem ter nenhuma ilusão nos banqueiros, para eles o que interessa é somente a busca pelo lucro a qualquer preço.
Para barrar mais esta ofensiva reacionária dos banqueiros, é necessário organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas em todas as dependências. Somente a luta unitária de toda a categoria poderá por fim os ataques dos banqueiros aos trabalhadores bancários.