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Greve dos bancários

Bancários do Basa deliberam os rumos da greve

Os banqueiros, algozes dos trabalhadores, se utilizam da justificativa de que o segmento de apoio da categoria está em processo de extinção

Os trabalhadores do quadro de funcionários da categoria de Apoio e de Engenheiros do Banco da Amazônia (Basa), continuam firmes na greve, aprovada no dia 28 de junho, por tempo indeterminado, contra a demissão em massa. O objetivo da direção da empresa é jogar no olho da rua mais de 145 pais de famílias.

Nesta segunda-feira (04), realizou-se uma nova assembleia, em frente à Matriz do banco em Belém, onde se definiram os rumos da greve. Até o fechamento desta edição do Diário Causa Operária, a assembleia ainda não havia terminado, sem que se soubesse o desfecho dos rumos do movimento paredista.

Os banqueiros, algozes dos trabalhadores, se utilizam da justificativa de que o segmento de apoio da categoria está em processo de extinção, e que a manutenção do quadro atrapalharia os novos planos de contratação de novos empregados para levar adiante as demissões.

Segundo estudo feito pela organização dos trabalhadores, o número atual de funcionários está defasado em cerca de 120 funcionários conforme, inclusive, as demandas da Secretaria de Coordenação e Controle das Estatais (SEST). Segundo Portaria, o limite de pessoal do banco é de 2.961 funcionários e, hoje o banco conta com apenas 2.841. Ou seja, a direção da empresa não tem motivo nenhum para enxugar mais ainda o quadro de funcionários, sendo que está faltando pessoal que precisa ser preenchido o mais rápido possível, já que os bancários do Basa sentem na pela a falta de pessoal com o acumulo de trabalho. Hoje, um funcionário do Basa está executando o triplo do serviço justamente por falta de pessoal.

Na verdade, o que está por trás das demissões é a política da direita golpista que visa, através do enxugamento da folha de pagamento, pavimentar o caminho para privatizar o banco.

Logo no primeiro dia de greve, o juiz do trabalho substituto, Murilo Izycki, colheu pedido do Sindicato dos Bancários do Pará e da Associação dos Empregados do Basa (AEBA), de tutela antecipada, impedindo, em caráter liminar, as demissões sem justa causa.

“Ao avaliar a recente decisão da Justiça do Trabalho, que determinou ao Banco do Amazonas ‘que se abstenha de demitir, sem justa causa, seus empregados integrantes do Quadro de Apoio’, a vice-presidenta do Sindicato, Vera Paoloni, comemorou: ‘A gente pulou uma grande fogueira quando conseguiu que a Justiça, ainda que em caráter liminar, reconheça que a luta do Sindicato e da AEBA é uma luta legítima, justa e, acima de tudo, uma luta verdadeira, de vida e por direitos!’” (site Fetec/cn 29/06/2022)

Na verdade, uma dirigente sindical não deveria comemorar a determinação da justiça do trabalho em que o BASA se abstenha de demitir, “sem justa causa”, seus empregados. A luta do Quadro de Apoio do banco, desde os primeiros movimentos em 2021, foi no sentido da não demissão, e a luta deve estar voltada nesse sentido, e não para que as demissões ocorram de forma atenuada, ou seja, que os trabalhadores percam os seus empregos, mas garantidos os seus direitos.

Nesse momento, a única forma de barrar a ofensiva dos banqueiros e seus governos e arrancar as reivindicações fundamentais dos bancários do BASA, é unificar toda a categoria bancária e preparar um forte movimento grevista unitário de toda a categoria contra as demissões.

A categoria bancária se encontra, neste exato momento, em campanha salarial. Não é novidade para ninguém que os banqueiros virão para cima da categoria através da tradicional política de arrocho salarial, demissões em massa, privatizações, terceirização etc. Ou seja, um brutal ataque às já precárias condições de vida dos trabalhadores.

Os bancários do Basa não devem, de forma nenhuma, aceitar as demissões e, nesse sentido, é preciso organizar um forte movimento nacional de luta contra a ofensiva reacionária dos patrões, através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora, greves, piquetes, ocupações, formação de comitês de luta etc.

Não é possível os trabalhadores conquistarem suas reivindicações, uma questão de vida ou morte, sem que haja uma verdadeira luta para derrotar os patrões.

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