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Baile da Vitório

Baile da vitória e os próximos passos

Esse 9° Baile do Bloco Amantes de Lula será o baile da comemoração da vitória, mas longe de ser apenas uma simples comemoração, será novamente um marco político na esquerda

Baile da vitória

Esse 9° Baile do Bloco Amantes de Lula será o baile da comemoração da vitória, mas longe de ser apenas uma simples comemoração, será novamente um marco político na disputa pela orientação da esquerda na Paraíba. A esquerda pequeno-burguesa, obcecada, tenta frear a mobilização popular e consequente polarização, e até pelo seu caráter burguês, nutrir a ilusão de combate a extrema direita com as forças repressivas do Estado.

Os frutos do trabalho

Nessa eleição, os militantes do PCO, e demais companheiros que fazem parte do Bloco Amantes de Lula, realizaram uma vigorosa campanha pela candidatura de Lula em 2022. Foi de longe a campanha com maior ímpeto militante da cidade, mesmo com recursos limitados e pouquíssimas contribuições de organizações conseguimos um feito de orgulhar-se.

Podemos elencar o seguinte:

  • Mais 140 mil panfletos distribuídos na Paraíba;
  • 8 Bailes do Bloco Amantes de Lula realizados no bairro Castelo Branco, algumas edições tivera publico da ordem dos milhares;
  • 6 Feiras Luta Castelo realizados no bairro Castelo Branco;
  • Mais de 60 reuniões em João Pessoa, dessas mais de 40 foram no realizados no bairro Castelo Branco;
  • 4 caminhadas pelas ruas das comunidades do bairro Castelo Branco;
  • Dezenas de mutirões com distribuição de material e diálogo com a população focados em 4 bairros populares de João Pessoa.

O resultado veio com o Castelo Branco despontando como maior centro de votação na candidatura Lula da cidade de João Pessoa. No entanto, todos os outros centros operários nos quais houve trabalho político, obtiveram maioria da candidatura Lula.

Vitória da mobilização popular

A vitória da candidatura Lula nestas eleições de 2022, foram resultado diretos da mobilização popular. Mesmo com a política equivocada do PT e da maioria da esquerda, a mobilização popular, apesar de tímida no momento, desferiu um golpe no regime de exceção imposto pelos golpes de 2016 e 2018.

Essa é a grande questão, a luta contra o golpe é a luta pela condições de vida da classe trabalhadora. Essa é a única via de desenvolvimento progressista da situação polícia nacional.

O ovo da serpente

Infelizmente, a política da esquerda pequeno-burguesa, pelo seu caráter de classe, é avesso a mobilização da classe operária. Em vez de lastrear sua política na força da classe trabalhadora, a pequena burguesia busca alçar-se como uma administradora do Estado.

Essa política naturalmente enxota os trabalhadores e joga-os nos braços da extrema-direita, que demagogicamente coloca-se como antissistema. Nessa movimentação, a esquerda pequeno burguesa acaba por afundar junto com os políticos tradicionais da direita, isso quando não ressuscitam algum deles.

As condições econômicas levam à polarização; a extrema direita cresce justamente por aceitar essa polarização e impulsioná-la. Enquanto a esquerda pequeno-burguesa rejeita a realidade em busca de uma conciliação impossível e acaba desmoralizada no processo.

A mobilização da direita

No dia posterior ao pleito do segundo turno, a militância de extrema-direita, que apoiou a candidatura de Bolsonaro, saiu às ruas em manifestação. Foram dezenas de bloqueios de estradas e milhares de manifestantes nas ruas.

Essas manifestações ainda persistem em vários pontos do país. Esse fato demonstra alguns pontos importantes:

O primeiro é o caráter militante desse movimento de extrema-direita, não sendo apenas um arroubo de um setor patronal, mas um movimento real que, inclusive, adota expressões ideológicas.

O segundo e mais importante é o caráter massivo desse movimento, com 58.206.322 votos no segundo turno e as manifestação que já somaram centenas de milhares de participantes, essa extrema direita demonstrou ter o apoio de parte da classe trabalhadora. É um erro de parte da esquerda querer desmoralizar essa política como se se tratasse apenas de alucinados, alienados, e não debater politicamente a situação.

O maior erro, no entanto, é que a esquerda deseja utilizar o aparato de repressão estatal contra os manifestantes da extrema-direita. Um bom exemplo é o Partido Socialismo e Liberdade na Paraíba (Psol/PB) que, nas figuras de seus representantes Adjany Simplício, Alexandre Soares e Tárcio Teixeira, abriu uma representação de queixa-crime contra os manifestantes da extrema-direita, resultando na notícia-crime n° 0827485-79.2022.8.15.0000.

Se os trabalhadores sem terra já são alvejados e indiciados, a exemplo da chacina de 89, como serão tratados com esse recrudescimento de regime proposto pelo Psol/PB?. O Estado é a ditadura da burguesia, todo poder concedido ao Estado será usado contra os trabalhadores, esse é um ponto básico.

Mais e o golpe

Acredito que o ponto mais curioso acerca da avaliação da esquerda pequeno burguesa, é que passamos por diversos golpes não reconhecidos por essa “esquerda”, como as diversas fases desde o Mensalão; o movimento Não vai ter Copa; e o Fora, Dilma.

Em todos esses momentos havia indicadores concretos do andamento do golpe de Estado, sendo o mais importante o posicionamento aberto do imperialismo norte-americano. Mas a esquerda pequeno-burguesa apoiou os golpes a exemplo do Psol, PSTU dentre tantos outros, ou no mínimo se omitiram.

No entanto, agora não há indicativo de que o golpe ocorra nesse momento, a própria Kamala Harris, vice do Joe Biden, já confirmou presença na posse do Lula. Entretanto, a disposição política lembra o segundo mandato de Dilma, o cenário aponta para um golpe no governo Lula, através de uma disputa encarniçada que transparece na própria composição da chapa Lula-Alckmin.

Então, qual o sentido de trazer um fantasma do golpe imediato para recrudescer o regime político? Sem contar que essa política de repressão afastará ainda mais os setores da classe trabalhadora que estão com a extrema-direita, o que fortalecerá o bolsonarismo.

O próximo passo

A única forma de conter a extrema-direita, e garantir que a gestão Lula seja um governo dos trabalhadores, é a mobilização popular. O desenvolvimento da própria campanha eleitoral indica nesse sentido.

Derrotar a extrema-direita é uma tarefa da esquerda, apoiada nas massas trabalhadoras, não devemos em hipótese nenhuma delegar ao Estado essa missão. O Estado burguês pertence à burguesia, mesma classe social que nutre e sustenta a extrema-direita.

As organizações de esquerda e da classe trabalhadores devem ir às suas bases debater sobre a extrema-direita e trazer os trabalhadores confusos para o seu meio político natural. Essas mesmas organizações, em vez de reprimir, devem realizar mobilização em defesa do governo Lula.

Em João Pessoa, por exemplo, a CUT, sindicatos e partidos de esquerda, em vez de processar manifestantes ou esperar pela repressão das polícias, deveriam chamar manifestação no centro, colocando a população nas ruas em defesa do governo Lula. Tenho certeza que se 5 ou 10 mil manifestantes de esquerda, marchassem pela Epitácio Pessoa teríamos o fim do teatro da extrema direita.

Aqui tenho que ser repetitivo, quem vencerá essa luta em prol da classe trabalhadora será a mobilização popular e não a repressão estatal. Tudo que os trabalhadores conquistam é através da luta de classe, essa é uma máxima do movimento operário. Novamente repito, todo poder dado ao Estado burguês será utilizado contra a classe operária.

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