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CSN, garis, professores

Aumento da inflação: o principal combustível das greves

Trabalhadores estão sendo jogados na miséria

Depois de anos sob um governo golpista, eleito pela fraude, que foi perpetrada graças à prisão ilegal do maior líder popular do país, o povo brasileiro se vê numa situação de miséria e desespero inédita na história recente do Brasil. O cenário chegou a um ponto em que uma boa parte da população, sem dinheiro nem para comer, teve que recorrer a comer osso encontrado nas lixeiras dos mercados e açougues do país. Outra parte recorreu aos saques de supermercados para poderem roubar a comida que não tem mais acesso com seu poder aquisitivo.

O desemprego é outra mazela que tem atingido uma parte gigantesca da população. A taxa oficial é de 11,2%, mas ela não leva em conta os trabalhadores que se encontram em subempregos ou fazendo bicos, o que é praticamente o mesmo que estar desempregado. Mesmo as pessoas que possuem trabalho têm um salário mínimo extremamente desvalorizado. Nos últimos anos, ele subiu menos do que a taxa de inflação, e ainda que ele acompanhasse a inflação, não seria o suficiente porque os produtos estão subindo muito mais do que o índice de preços.

Já em meio a uma situação de miséria e pobreza extrema, o governo ainda realizou um mega reajuste do preço da gasolina no dia 11 de março, o que causou um aumento generalizado em todos os indicadores econômicos. É o caso do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), anunciado nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). O índice chegou a 2,48% em abril, mais que o dobro do resultado de março (1,18%), acumulando uma alta de 7,63% no ano e de 15,65% em 12 meses. O IGP-10 registra a inflação de preços de matérias-primas e também produtos manufaturados, no período entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 2,81% em abril, um grande aumento com relação a março, que foi de 1,88%. O principal subgrupo que subiu foi o de combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,71% para 15,92%. Uma elevação extraordinária. O índice de preços de Bens Finais subiu 2,34% em abril. Em março, a taxa foi de 0,90%.

Com relação aos Bens Intermediários, a subida foi de 4,26% em abril, contra 1,07% em março. Neste grupo, a maior contribuição foi do subgrupo dos combustíveis e lubrificantes para produção, que foi de 2,96% para 17,65%, outro aumento espetacular. No entanto, a elevação do índice dos Bens Intermediários excluindo o subgrupo dos combustíveis e lubrificantes para produção foi de 1,88% em abril, após variar 0,74% em março.

André Braz, Coordenador dos Índices de Preços afirmou: “A contribuição dos combustíveis foi destacada para o avanço da taxa do IPA, que passou de 1,44% em março para 2,81% em abril”, mostrando que a inflação tem atingido todas as áreas. Ele também afirma que  “Mesmo excluindo a contribuição da gasolina (0,15% para 18,73%) e do diesel (0,24% para 24,90%) no IPA, a variação média do índice ao produtor ficaria em 1,81%, superando a variação apurada pelo IPA em março”.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de preços de um de bens e serviços presentes nas despesas famílias com nível de renda entre 1 e 33 salários mínimos, teve elevação de 1,67% em abril, contra 0,47% em março. Sete classes de despesa do índice registraram alta, foram elas: Transportes (0,16% para 3,42%), Habitação (0,49% para 1,62%), Educação, Leitura e Recreação (-0,02% para 0,95%), Alimentação (1,54% para 1,88%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,03% para 0,39%), Vestuário (0,41% para 1,24%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,59%). Os maiores aumentos vieram da gasolina (-1,18% para 7,62%), tarifa de eletricidade residencial (-0,20% para 2,10%), passagem aérea (-1,00% para 4,73%) e aves e ovos (-0,62% para 1,78%).

Também houve aumento no Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que subiu 1,17% em abril, após elevação de 0,34% em março. Todos os grupos do índice tiveram grande elevação em abril se comparados com março: Materiais e Equipamentos (0,27% para 1,08%), Serviços (1,08% para 0,69%) e Mão de Obra (0,27% para 1,34%).

O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) também está elevado. Subiu 1,84% e acumula alta de 11,45% nos últimos 12 meses. 

Greves por todo o país

Uma análise, mesmo que superficial, dos números apresentados, mostra, sem deixar dúvidas, que o salário do trabalhador brasileiro se desvaloriza a cada dia que passa. Trata-se de uma verdadeira catástrofe econômica, a carestia provocada pelo avanço da política neoliberal provocado pelos governos golpistas leva a classe operária a um estado de revolta latente. Por conta disso é que têm pipocado greves por todo o país no último período. A mais importante de todas é a dos metalúrgicos em Volta Redonda, que se mantêm mobilizados pelo aumento de seus salários, apesar das direções do sindicato estarem sabotando a mobilização. 

No entanto, há greves em diversas outras categorias e cidades do país. É o caso dos garis do Rio de Janeiro, os professores estaduais em São Paulo, os funcionários públicos em diversos locais, funcionários do INSS no Ceará. O povo já não aguenta mais a situação com relação às suas despesas e com relação à cassação de seus direitos promovida pelos governos Temer e Bolsonaro nos últimos anos. 

As mobilizações precisam ser impulsionadas por todos os partidos de esquerda e movimentos populares, e deve-se dar um direcionamento político à revolta da população. É preciso estar claro para todos que a principal luta da classe operária para este momento é por Lula presidente. Ao contrário do que uma parte dos dirigentes do PT parece pensar, a vitória de Lula não está garantida. A burguesia está entrando numa campanha virulenta contra o ex-presidente e a manobra da terceira via ainda não está realizada, mas está em pleno andamento. Além disso, é evidente que, se for necessário, a burguesia irá apoiar Bolsonaro novamente e exigir dele um governo ainda mais neoliberal e mais duro contra a classe trabalhadora. A solução é radicalizar os movimentos operários e radicalizar a campanha pela presidência de Lula. É preciso colocar a campanha por Lula presidente nas ruas! Para combater o desemprego, a inflação, a carestia e reverter os ataques contra a classe trabalhadora!

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