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Capacho do imperialismo

Ataques de Boric à Rússia mostram o que é a nova esquerda

O imperialismo usa seus fantoches esquerdistas para atacar a luta por libertação de todos os povos do mundo

O rápido desenvolvimento da situação política internacional tem deixado, sempre e cada vez mais, às claras a posição dos diferentes agentes pelo mundo. Nesse sentido, elementos de confusão, impulsionados pelo imperialismo, são forçados repetidamente a afirmar seu direitismo e alinhamento total à campanha imperialista de dominação dos países atrasados.

No caso recente da manobra de defesa da Rússia, forçada a adotar a alternativa militar na Ucrânia para barrar o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) — aliança militar do bloco imperialista — em sua fronteira, diversos elementos esquerdistas mostraram novamente suas cores, pintadas com a bandeira norte americana. Esse foi o caso do recentemente eleito presidente do Chile, Gabriel Boric. O “mais jovem” (e demagógico) presidente eleito no Chile, tido pela esquerda pequeno-burguesa como um novo salvador da pátria e exemplo da virada à esquerda na América Latina, declarou seu apoio ao governo nazista da Ucrânia, fruto de um golpe de Estado armado pelo imperialismo naquele país em 2014.

O “esquerdista” Boric, eleito como resultado do amplo movimento de protesto no Chile contra o governo atual, já indicou pinochetistas para seu futuro ministério, e declarou que não perdoará os manifestantes presos e torturados pelo governo fascista de Sebastián Piñera, o pinochetista e atual presidente do Chile. Não apenas isso, Sebastián Piñera igualmente se posicionou contra a defesa da soberania nacional russa, e a favor da dominação colonial da Ucrânia, transformada em fantoche do imperialismo. Em seu Twitter, Boric declarou:

“A Rússia optou pela guerra como meio de resolver conflitos. Daqui do Chile condenamos a invasão à Ucrânia, a violação de sua soberania e o uso ilegítimo da força. Nossa solidariedade estará com as vítimas e nossos humildes esforços com a paz.”

A declaração do abertamente fascista Sebastián Piñera, também no Twitter, foi a seguinte:

“O Chile condena a agressão armada da Rússia e sua violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia. Estes atos violam o direito internacional e atentam contra vidas inocentes, a paz e a segurança internacional.

O Chile insta a Rússia a respeitar as Convenções de Genebra sobre direito internacional humanitário. Colaboraremos com outros países para buscar uma solução pacífica do conflito, no marco do direito internacional e da carta das nações”.

Enquanto o Chile não sofre ameaça alguma da Rússia, ambas as principais alas políticas daquele país se posicionam em favor do imperialismo. É importante destacar que, enquanto condena a Rússia, o “esquerdista” Gabriel Boric não condena o próprio imperialismo — que provocou o conflito ao ameaçar a Rússia repetidas vezes — ao mesmo tempo em que seu próprio continente, a América Latina, é ameaçada pelos Estados Unidos, que tem patrocinado golpes de Estado de tipo fascista no continente. Ao passo em que constantes golpes e ditaduras se põem em marcha em países irmãos, tudo patrocinado pelo imperialismo, Boric se diz a favor da “paz” na Ucrânia. Não paz para os manifestantes perseguidos pelo governo Piñera, no Chile, seu próprio país; não paz para Venezuela, Cuba e Nicarágua, ameaçadas militarmente pelos EUA de maneira constante e alvos de embargos que visam esmagar sua população civil. Nada de paz para o Brasil, com um governo golpista, fruto de uma eleição farsesca que levou à morte mais de 600 mil pessoas e jogou na fome mais de 100 milhões de brasileiros (dados do Ministério da Saúde brasileiro, disfarçado como “insuficiência alimentar”).

Fundamental é destacar, porém, que Gabriel Boric não é um elemento isolado. Ele faz parte da política geral do imperialismo para a América Latina. Uma esquerda domesticada, financiada, divulgada e erguida pelo imperialismo, para dar uma faceta esquerdista àquilo que existe de mais reacionário e fascista no mundo, a política do imperialismo de massacre a todos os povos.

O equivalente a essa política no Brasil, que ergue figuras que mais parecem bonecos de plástico, é Guilherme Boulos, o “líder popular” da Folha de São Paulo, queridinho da imprensa burguesa golpista. O PSOL, junto a diversos outros setores da esquerda nacional, igualmente se manifestaram a favor da soberania nacional da Ucrânia. Ora, mas esses mesmo setores se posicionaram favoráveis ao golpe patrocinado pela OTAN em 2014 naquele país. Soberania, para eles, só pode significar uma coisa: a dominação total e completa do imperialismo sobre um país. Uma verdadeira ditadura nazista, que queima sedes sindicais e partidárias e assassina militantes comunistas e sindicalistas, enquanto coloca milícias armadas de camisas negras na rua. É o que dizem sobre a igualmente fascista Colômbia, país com maior número de assassinatos de militantes, sindicalistas e lideranças populares na América Latina. Isso enquanto condenam Venezuela, Cuba e Nicarágua como ditaduras. O crime destes países, tal qual o da Rússia, para essa chamada “nova esquerda”, é se defenderem. É não aceitarem ser subjugados pelo imperialismo, não admitirem as botas “democráticas” dos marines sobre suas gargantas.

A dita nova esquerda é uma farsa. Não é esquerda, não defende o povo. São oportunistas, falsos, carreiristas em busca de boquinhas, que venderiam a própria mão por um cargo e projeção na imprensa burguesa. Nenhum ouvido deve ser dado a tais lacaios dos EUA. Imperialismo fora da Rússia já! Fora o imperialismo da América Latina! Viva a vitória de todos os povos do mundo contra o imperialismo! Ontem no Afeganistão, hoje na Ucrânia!

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