No último dia 8, uma estudante da UnB (Universidade de Brasília) de 19 anos foi estuprada dentro da universidade por volta das 19:30, no campus Darcy Ribeiro. A delegacia de atendimento à mulher (Deam) investiga o caso e o paradeiro do suspeito com ajuda de imagens das câmeras do local, e, mais uma vez, o policiamento será reforçado dentro do Campus.
Além da violência que as mulheres sofrem em lugares comuns, lugares que deveriam ser de convívio seguro, saudável e agradável aos estudantes não o são. A autodefesa da mulher é mais do que urgente, a organização e combate aos seus agressores devem ser pauta de centros acadêmicos e organizações de mulheres dentro das escolas, universidades, bairros, ruas, ou seja, inseridos ativamente na sociedade.
Ninguém mais do que os próprios estudantes podem organizar e cuidar de seus espaços, excluindo a força da burguesia opressora, a Polícia Militar, como tutela da segurança do povo. Sabemos que a polícia é a ferramenta mais utilizada pelo Estado burguês capitalista contra a classe trabalhadora e nada têm a contribuir com a segurança e sim como os opressores, inclusive atacando os estudantes e sua liberdade no seu território, o campus da universidade.
A esquerda iludida apela para a repressão quando acontecem casos como estes, o que mostra a total desorganização da classe trabalhadora que é, de fato, o maior poder que o País tem. Já foram convocadas manifestações com o objetivo de pressionar a reitoria para aumentar a vigilância e o policiamento na UnB, um pretexto que, acima de qualquer coisa, resulta, muitas vezes, na inclusão da PM nos campi universitários, como é o caso da USP. Lá, os alunos são cerceados em suas reuniões e atividades sociais e políticas. pelos agentes fascistas da polícia.
A política progressista para esse tipo de situação é a formação de comitês de autodefesa para que a comunidade escolar possa se defender inclusive da opressão da polícia militar sobre os alunos. Finalmente, os estudantes precisam atuar coletivamente para se defenderem desses casos, como estupros e outras agressões, cada vez mais comuns nesses locais.
No caso, um centro acadêmico forte, atuante e combativo pode não somente mover alunos e a comunidade acadêmica local, como dar o pontapé nesse movimento na sociedade como um todo.