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Identitarismo típico

“Antissemitismo”, a folha de parreira dos genocidas israelenses

Estado de Israel busca encobrir as denúncias contra seus crimes acusando todos os que os denunciam de serem "antissemitas"

O caso Monark, em que o apresentador do Flow Podcast foi cancelado devido a um comentário seu em defesa da liberdade de organização de todos os partidos, mesmo que sejam nazistas, segue levantando polêmicas. Na última terça-feira (15), entidades judaicas publicaram uma nota atacando o PCO e seu presidente Rui Costa Pimenta como antissemita. O motivo? Na Análise Política da Semana, Rui afirmou corretamente que, por trás da censura a Monark, também estavam os grandes lobbys israelenses e judaicos, e que esses são organizações poderosas que influenciam em peso até mesmo as eleições presidenciais dos EUA.

Tudo se iniciou quando Monark afirmou em seu podcast em um debate sobre liberdade de organização, que ele defendia a liberdade total de organização, mesmo que um indivíduo fosse nazista e mesmo que assumisse uma posição “anti-judeu” e quisesse criar um partido nazista. Uma teoria comum, defendida pelos próprios marxistas como Lênin e Trótski, que deixaram muitos escritos sobre o tema. Monark, por sua vez, não é marxista, mas defende um direito democrático. Sendo assim, o apresentador também não é nem de perto nazista, como foi afirmado por diversos órgãos de imprensa.

Rapidamente, o que foi dito por Monark foi distorcido para transformar a defesa do direito democrático de organização em defesa do nazismo. E um dos principais grupos por trás desse processo de cancelamento foram as organizações judaicas que compõe esse gigantesco lobby internacional. Foi isso que foi denunciado por Rui Costa Pimenta, e o fato que é relevante não é qual a religião ou etnia de quem esta por trás do ataque a Monark, mas sim qual é a sua classe. Não são os trabalhadores judeus que defenderam a censura, e sim um bloco das burguesias norte americana e israelense, ou seja, o imperialismo.

Esse bloco político é muito famoso, ele forma o maior lobby nas eleições dos EUA. O AIPAC, comitê de relações-públicas entre Israel e EUA, é um dos principais financiadores das campanhas de Trump e de Biden. Isso significa que é esse setor político está sempre no poder, independentemente de qual ala do sistema político norte-americano esta no governo, é um dos principais setores do imperialismo, ligado diretamente a indústria das armas e do petróleo, pois Israel é uma das principais bases do imperialismo para o domínio do Oriente Médio.

Não há nenhuma questão étnica ou religiosa, o que há de fato é um interesse político e econômico. Bilhões de barris de petróleo cercam o Estado de Israel e são fundamentais para os monopólios imperialistas. Por esse petróleo, dezenas de guerras foram travadas, milhões foram mortos, países inteiros destruídos. Há de se esperar que algo com tamanho impacto na política mundial influa diretamente nas eleições e também nas disputas menores, como foi o caso do podcast de Monark, que mesmo não sendo de esquerda, nem propriamente político, era uma alternativa real aos monopólios tradicionais da imprensa.

A estratégia do imperialismo para seguir utilizado o Estado de Israel como sua ferramente de dominação é justamente esconder o caráter político da questão e transformá-la em uma questão de antissemitismo. Para isso se utilizam do holocausto, o genocídio perpetrado pelos nazistas que matou cerca de 6 milhões de judeus na década de 1940. A atrocidade acontecida há 80 anos seria a justificativa absoluta para qualquer política aplicada por Israel nos dias de hoje, e todos aqueles que criticam essa política não estão dando argumentos reais mas na verdade são antissemitas velados. Essa é a teoria absurdo utilizada para contornar as críticas a política monstruosa de Israel.

O atual caso em que Rui Pimenta é atacado não é nem de perto o primeiro. Na Inglaterra o principal líder da ala esquerda do partido trabalhista foi perseguido por acusações de antissemitismo. O motivo foi que ele convidou membros dos partidos políticos nacionalisas da Palestina e do Libano, Hamas e Hezbollah, para um debate. O caso virou um escândalo midiático histérico que acuou Corbyn, que chegou mesmo a se desculpar por ter organizado um debate. Mesmo assim a perseguição não parou e ele segue até hoje sendo taxado de antissemita por defender que os povos árabes tem o direito a terem as suas nações livres de guerras e invasões.

Essa estratégia de acusar todos que repudiam as atrocidades de Israel de antissemitas se assemelha em muito a estratégia dos indentitarios de acusar seus rivais políticos de racistas, machistas e homofóbicos. É exatamente a mesma tática, para não bater de frente politicamente se levanta um falso argumento moral baseado em um sofrimento do passado para atropelar os argumentos políticos. Essa estratégia é tão notória que já em 2001 estava sendo denunciada como a Indústria do Holocausto, termo cunhado pelo judeu norte-americano Norman Finkelstein, que escreveu um livro sobre o assunto.

No que tange Israel, o mesmo vale para a política em relação aos identitários, é preciso desmascará-los. Por trás da boa vontade, da defesa das mulheres, dos negros, dos indígenas, dos LGBTs e dos judeus esta a política mais sórdida da humanidade, a política do imperialismo, a brutal opressão de todos os povos do mundo, os golpes de Estado, as guerras e a fome. No caso de Israel, ela ainda esconde uma das piores ditaduras fascistas existentes no planeta hoje em dia, a dos israelenses sobre a Palestina. Não devemos abaixar a cabeça frente a histeria financiada pelo lobby judeu, é preciso denunciá-lo. É preciso lutar pelo fim do Estado de Israel e pela criação de um Estado da Palestina em que toda a população possua seus direitos.

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