O ano está terminando, o que faz com que se iniciem as estimativas para o ano de 2023, sendo uma delas o aumento das mensalidades das escolas particulares. Segundo levantamento nacional do Grupo Rabbit, com quase trezentas escolas particulares credenciadas, o aumento médio da mensalidade para 2023 será de até 12%.
O aumento segue a inflação do ano que ficou na marca de cerca de 10%. Segundos dados recentes, a inflação caiu para 7%, devido a queda dos combustíveis. Porém a razão para o aumento, segundo as escolas, é a inadimplência e o endividamento herdado da pandemia de Covid-19. O CEO do grupo Rabbit, Christian Coelho, informa que as instituições tiveram o caixa afetado devido a situação da pandemia.
A inadimplência é reflexo do aumento do desemprego entre a população economicamente ativa, assim como do arrocho salarial causado pela pandemia e também pelo aumento do preços dos combustíveis.
A lei não limita o aumento das mensalidades, porém as escolas precisam apresentar aos pais os números do aumento, uma planilhas de custos. Segundo David Douglas Guedes, advogado do Idec, os pais podem questionar a escola ou procurar órgãos responsáveis caso considerem os preços abusivos.
Com a crise, os baixos salários e o aumento da mensalidade fazem com que muitos pais tirem seus filhos das escolas privadas. Muitos ao longo de 2022 não tiveram nenhum aumento nos salários, o que torna muito difícil manter seus filhos nas escolas particulares.
Atualmente a maioria das famílias não estão conseguindo nem pagar a boa parte de suas contas, pois os salário que foram achatados com a pandemia e continuam sendo arrochadas pela inflação, não só esmagando o trabalhador pobre mas também tirando a classe média do conforto habitual.
Diante da situação é preciso um amplo debate sobre uma estatização total do sistema educacional, pois os tubarões do ensino público querem repassar todo custo da crise para os pais, para eles a educação é apenas uma mercadoria a ser explorada. Não estão preocupados com a formação do indivíduo em sua totalidade.
Somente a luta pela estatização do serviço de educação em todos os níveis é a questão fundamental para a escola para todos.