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Eliminada

A superioridade alemã nunca passou de uma farsa

É a segunda vez consecutiva que o "melhor time do mundo", como custou falar a imprensa burguesa, é eliminado na Copa na fase de grupos

No primeiro semestre de 2014 já se encontrava em marcha o golpe de 2016. E a Copa de 2014, trazida ao País por iniciativa de Luiz Inácio Lula da Silva, tomava contornos de um importante instrumento para a derrubada do próprio PT.

Tal golpe na Copa, articulado pela direita que, em junho de 2013, patrocinava vaia a Dilma Rousseff na abertura da Copa das Confederações, realizada no Brasil; teve continuidade com jogadas insinuantes da esquerda pequeno-burguesa, encabeçada pelo PSOL com o movimento apoiado economicamente pelo imperialismo “Não vai ter Copa”. Afinal, a possível vitória brasileira na Copa de 2014, às vésperas da eleição de outubro, seria um golpe de morte na tentativa da direita de derrubar Dilma Rousseff. Pois a vitória do escrete canarinho seria toda de louros ao governo do PT, que trouxe a Copa ao Brasil.

Mas o golpe pela esquerda se iniciou no dia 10 de dezembro do ano anterior, no chamado Dia Internacional dos Direitos Humanos, com o lançamento de um manifesto do movimento com o título “Se não tiver direitos, não vai ter Copa”. Neste manifesto, diziam que:

“[…] Junho de 2013 foi só o começo! As pessoas, os movimentos e os coletivos indignados que querem transformar a realidade afirmam através das diversas lutas que sem a consolidação dos direitos sociais (saúde, educação, moradia, transporte e tantos outros) não há possibilidade do povo brasileiro admitir megaeventos como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas.”

Com este mote, manifestações começaram a tomar as ruas e os arredores dos estádios da Copa. O primeiro ocorreu no dia 25 de janeiro de 2014, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos organizadores da ação, denunciava que, enquanto “o governo gasta milhões na construção de estádios”, cerca de 50 mil brasileiros viviam nas ruas. Aliás, durante os 4 terríveis anos de Jair Bolsonaro, onde o número de moradores de rua subiu à enésima potência, nenhum movimento com tamanha envergadura tomou as ruas. Muitos movimentos foram, inclusive, contra as manifestações pelo Fora Bolsonaro durante longa parte do governo fraudulento da direita.

Tal articulação da esquerda pequeno-burguesa começou a ter desfecho na abertura da Copa com a direita golpista que era ampla maioria no Maracanã, no jogo de abertura da Copa, em razão dos altíssimos preços dos ingressos estipulados pela Fifa, encampando uma vaia à Dilma Rousseff.

Vieram os jogos e a pressão contra os jogadores da melhor seleção do mundo também marcou presença. Veja polêmica acerca daquele momento publicada por este Diário abaixou:

O 7 a 1 em 2014: um produto do golpe de Estado

A Seleção brasileira chegava sob forte expectativa para o mundial de 2014, após vencer com propriedade a Copa das Confederações do ano anterior e com um Neymar em ascensão. Na semifinal, no entanto, a equipe comandada por Felipão tinha dois desfalques cruciais para enfrentar a Alemanha.

O Brasil não contaria com seu melhor jogador, Neymar, retirado da copa por uma entrada criminosa de zagueiro colombiano. O atacante sofreu uma lesão séria enfrentando a Colômbia pelas quartas de final que poderia ter aleijado o melhor jogador brasileiro. Além disso, estava sem o seu capitão e pilar do sistema defensivo, Thiago Silva, que cumpria suspensão diante dos alemães.

Os sete gols da Alemanha foram marcados por Thomas Müller, Miroslav Klose, Toni Kroos (2x), Sami Khedira, Andre Schürrle (2x), enquanto o Brasil descontou com Oscar.

A duríssima derrota fabricada em 2014, os 7×1 para a Alemanha, eram também o prenúncio, podemos assim dizer, dos 7×1 que os golpistas de direita e de esquerda fabricaram para o Brasil nos anos que seguiram. Com muita fome, miséria, desemprego e genocídio nos últimos 8 anos.

Mas nada como um dia após o outro. E o futebol, esporte do povo, também descreve a realidade por linhas tortas. A propagandeada Alemanha classificada para a Copa do Mundo do Catar estreou no mundial no dia 23/11, sofrendo sua primeira derrota para o Japão, que venceu por 2 a 1 em uma virada histórica na estreia das seleções pela Copa do Mundo no Catar.

Os alemães, portanto, voltavam a sofrer frente a outra equipe asiática – pois após a derrota para a Coreia do Sul, também ocorreu sua eliminação precoce no Mundial de 2018. 

No dia 27 de novembro, Espanha e Alemanha empataram por 1 a 1 no primeiro encontro entre duas seleções campeãs no Catar, e adiaram a definição dos classificados às oitavas de final da Copa.

Na última rodada, já desesperada, a Alemanha venceu a Costa Rica por 4 a 2 no último dia 1º de dezembro. Vale destacar os 2 gols da seleção da Costa Rica, que, até aquela ocasião, havia feito um único gol na seleção japonesa, quando a seleção costa-riquenha conseguiu sua única vitória, vencendo os japoneses por 1×0.

Com isso, a outrora “poderosa” Alemanha, cantada em verso e prosa pelos golpistas brasileiros, está eliminada na fase de grupos – pela segunda vez seguida – num estrondoso vexame, digno dos robôs perna de paus alemães por conta do saldo de gols em relação à Espanha.

Com o vexame alemão e o quase vexame espanhol, Japão e Espanha classificaram-se para as oitavas de final da Copa do Mundo pelo grupo E. 

A eliminação na primeira fase pela segunda Copa consecutiva comprova que a superioridade alemã, tão alardeada após o 7×1 fraudulento, como este Diário denunciou, não passava de um mito, necessário ao golpe de Estado que se utilizou dos mais diversos expedientes corruptos para derrubar o PT do governo federal e a seleção brasileira, alegria do povo pobre e trabalhador, da Copa.

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