O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização criada em 1944 na Conferência de Bretton Woods (formalmente criada em 27 de dezembro de 1945 por 29 países-membros e homologado pela ONU em abril de 1966) com o objetivo inicial, declarado, de ajudar na reconstrução do sistema monetário internacional no período pós-Segunda Guerra Mundial. A classe trabalhadora mundial foi arrasada pela guerra imposta pela burguesia imperialista e quem pagou a conta foram os próprios trabalhadores.
O que se observa, na prática, a despeito das várias declarações divulgadas pela imprensa internacional pró-imperialista ao longo dos anos sobre o FMI, é que o Fundo é mais um dos tentáculos espalhados pelo imperialismo no mundo para impedir que as outras nações se desenvolvam independentes da ditadura imperialista.
O Diário da Causa Operária já expôs em várias matérias ao longo dos anos o foco de atuação do FMI desvendando e denunciando a imposição por essa organização das políticas da burguesia imperialista forçando as burguesias dos diversos países atrasados a obedecerem ao que determina o imperialismo.
Este usa o FMI como uma organização supostamente preocupada em ajudar os governos dos países atrasados para benefício próprio do imperialismo, roubando as economias destes países através da obrigação de que estes Estados utilizem a política que o imperialismo quer que eles sigam. Isto impede o desenvolvimento do país e, consequentemente, joga a classe operária em cada vez mais miséria
A finalidade desta obediência ao FMI, no Brasil, por exemplo, já é bem conhecida. No Brasil, todos os anos, a burguesia capitalista americana impõe, através da farsa do pagamentos de dívidas e juros de dívidas aos bancos, a retirada de quase metade do orçamento da União além das diversas privatizações feitas pelos governos neoliberais.
A burguesia imperialista subtrai da economia brasileira metade do esforço dos trabalhadores, representado pelo orçamento anual brasileiro. Subtrai do País a possibilidade de se desenvolver e melhorar a vida dos trabalhadores, pois falta dinheiro para quase tudo.
Uma observação que se destaca ante as várias publicações do DCO sobre o FMI é a “grande” preocupação dada por ele aos movimentos dos trabalhadores nos países. Enquanto a população está sendo esmagada pela burguesia, nada do FMI ajudar, como é a proposta inicial da organização; enquanto a imprensa dissidente e a imprensa progressista denunciam até mesmo um massacre feito pela burguesia nos diversos Estados do globo, o FMI se comporta como uma estátua, se limitando a divulgar notas de verificação da desgraça do povo, não ajuda em nada a classe trabalhadora.
Porém, ao menor movimento de agitação da classe trabalhadora contra a burguesia, o FMI vem dar uma ajudinha à burguesia e permite a liberação de pequenos valores, migalhas à classe trabalhadora para que esta não “pule na mesa” e acabe com a festa da burguesia que se apropria de tudo que o trabalhador tem, e é garantida pelo FMI.
Foi assim a questão do auxílio emergencial, como este Diário divulgou em matéria de dezembro de 2020, período do auge da pandemia quando a insatisfação popular estava chegando ao limite. O FMI impôs à burguesia brasileira a manutenção do auxílio emergencial, o que teve caráter totalmente irregular no governo Bolsonaro que acabou não distribuindo à maioria que realmente precisava. Porém isso não importa ao FMI.
O imperialismo se utiliza de todas as armas contra o trabalhador para mantê-lo na prisão em que ele se encontra. O FMI é apenas um dos braços da burguesia imperialista. A saída para a classe trabalhadora é a organização, a união e o enfrentamento contra o imperialismo.
Os trabalhadores têm que levar o conflito às últimas consequências, ou seja, retirada por completo da burguesia do controle do Estado e da economia e formação de um governo controlado pelos trabalhadores.
