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Cuba

25/10/1962 – 60 anos da Crise dos Mísseis

Há 60 anos se abriu uma grande tensão entre os EUA e a URSS com a instalação de mísseis em Cuba, recém aderida ao socialismo, o que se deu logo após o fracasso da Baía dos Porcos.

Há 60 anos, entre os dias 16 e 28 de outubro de 1962, abriu-se um confronto de 13 dias, entre os Estados Unidos da America (EUA) e a União Soviética (USS). Conhecida como a Crise de Outubro ou Crise dos mísseis de Cuba, a disputa deu-se em torno da instalação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba.

O ambiente

A Ilha tinha passado por quase uma década de guerra civil, concluída sua revolução a pouco havia se estabelecido como um Estado operário. Esse processo consolidou-se logo após a tentativa fracassada de invasão da Baía dos Porcos.

Sob a ofensiva do imperialismo norte-americano, o recém estabelecido governo Cubano buscou ajuda da USS. Após deliberação em reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho, começou a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis.

Apenas no ano de 1961, além da tentativa fracassada de golpe da Baía dos Porcos, os EUA haviam instalado mísseis nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália. Entre os mísseis balísticos estadunidenses estavam 45 unidades do PGM-19 Jupiter, arma de médio alcance (2.980 km), sendo 30 mísseis na Itália e 15 mísseis na Turquia.

Os stalinistas, nesse momento, olharam para a Revolução Cubana, não como uma porta de entrada para expandir a revolução por todo o Continente, mas como um meio de retaliação, e propõem ao governo cubano que se instale mísseis atômicos na Ilha.

No mesmo momento uma eleição se desenvolvia nos EUA, tornando-se insustentável para a Casa Branca, a existência de mísseis soviéticos a 145 quilômetros do litoral da Flórida. O governo dos EUA oficialmente negou esta ignorando a situação.

Conflito público

Em 14 de outubro, os EUA  divulgaram fotos aéreas de voos secretos, apontando a existência de aproximadamente 4 dezenas de silos para ogivas nucleares em Cuba. Esse foi o momento mais próximo de uma guerra nuclear escalonada no período da Guerra Fria.

“Kennedy, após aconselhamento interno de Dwight D. Eisenhower, anuncia que os aviões de reconhecimento americanos descobriram armas nucleares soviéticas em Cuba e que ele ordenou uma “quarentena” naval da nação comunista.” De imediato, os EUA levantaram um bloqueio militar, visando interceptar novos mísseis remetidos a Cuba.

Também foi exigido que os mísseis balísticos e demais armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta à URSS.

Capitulação stalinista

No dia 27 de outubro, conhecido como “sábado negro”, um avião espião dos EUA foi abatido e seu piloto faleceu. Esse foi um momento culminante, as negociações enrijeceram e a guerra aparentava iminente.

Entretanto, no momento de maior necessidade, a burocracia stalinista, representada na figura de Kruschev, capitulou perante o imperialismo. Abriu mão das posições estratégicas sem nenhuma contrapartida, apenas com uma promessa de futuro recuo do imperialismo na Turquia.

“Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto e declarar na ONU este compromisso. Seus representantes farão uma declaração de que os EUA, considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão seus meios análogos da Turquia”.

Os cubanos ficaram muito insatisfeitos, uma vez que queriam que fizesse parte do acordo da retirada dos mísseis, a contrapartida de que os americanos retirassem a base de Guantánamo. Os russos, porém, não apresentam essa exigência. Negociaram com os EUA a retirada dos mísseis da Turquia e mais a promessa (do imperialismo…) americana de não invadir Cuba.

Consequências da capitulação

A consequência imediata da retirada dos mísseis, foi a diminuição da segurança ao governo operário de Cuba e manutenção do bloqueio e investida constante sobre a ilha.

Outra consequência dessa política stalinista foi não apenas a manutenção dos enclaves militares do imperialismo na época, como seu aumento exponencial. Hoje, a Rússia e outras antigas repúblicas soviéticas estão cercadas por instalações militares imperialistas.

Entretanto, uma das consequências mais importantes da capitulação stalinista foi a imposição do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Esse acordo de 1968, entre os países imperialistas e a burocracia stalinista proibiu os paĩses atrasados que não tinham armamento nucleares de desenvolvê-los. Colocando essas nações em franca desvantagem militar perante o imperialismo.

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