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Análise Política da Semana

“Brasil: massacre permanente”, com Rui Costa Pimenta

Não há espaço para remendos; é preciso por abaixo todo o regime político!

Nesse sábado (8), o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, destrinchou os acontecimentos ocorridos durante a semana no programa mais tradicional da esquerda brasileira. Abordando os assuntos mais polêmicos da semana, o principal programa da Causa Operária TV (COTV), destacou os temas nacionais com o título de “Brasil: massacre permanente”.

Pimenta, destacou que não bastasse a crise envolvendo a falta de vacinas e de medidas de combate à pandemia, operou-se um verdadeiro massacre, no último dia 6, contra os moradores da comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

Enquanto a direita realizou um grande ato no 1º de maio, na Praça da Sé, quase a totalidade da esquerda decidiu ficar em casa ou então participar de ato virtual com algumas das figuras mais abjetas da política nacional, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Enquanto isso, por parte da extrema-direita que saiu às ruas, ficou evidente que há uma tentativa de mobilização dos elementos mais reacionários para garantir a permanência do fascista Jair Bolsonaro no governo. A direita – destacou Rui – está, visivelmente, utilizando os métodos da esquerda ao estimular as mobilizações de rua, o que incorre num risco para a esquerda que até agora mantém uma política totalmente equivocada ao não tomar a frente das massas e sair às ruas contra toda essa atrocidade contra a população.

Tendo em vista a grande mobilização da direita e da extrema-direita no 1º de maio e a convocação – por estes mesmos setores – de um novo ato, ao ficar em casa, a esquerda está entregando as ruas aos setores mais reacionários que, ao contrário da esquerda calada e dentro de casa, está convocando cada vez mais militantes para garantir o triunfo da política defendida por setores da burguesia neoliberal mais perigosa para a classe operária. Diante dessa situação, é necessário tirar uma conclusão do 1º de maio: é preciso continuar e intensificar a mobilização. Nesse sentido, o PCO, que liderou uma vitoriosa mobilização na Praça da Sé, está trabalhando para a realização de outro ato público, em São Paulo, no começo de julho. É preciso chamar atenção das pessoas, processar uma experiência e mostrar qual é o caminho para resolver a maior crise social do país de todos os tempos. Não se trata apenas da paralisia momentânea das direções dos movimentos populares e dos sindicatos.

A pandemia está expressando o caráter reacionário da política da esquerda, que defendendo o “fique em casa” e “não lute”, tornou-se um instrumento de contenção da revolta popular contra uma verdadeira catástrofe social. Dessa forma, é importante combater toda a histeria de que não há como fazer manifestação de rua, sendo que a esmagadora maioria dos trabalhadores está trabalhando, pegando transporte lotado e arriscando a vida sem nenhuma perspectiva de solução da pandemia por parte do governo golpista. Ao ficar à reboque da burguesia, os setores de esquerda que defendem uma Frente Ampla com os golpistas e responsáveis por todo o caos que assola a população brasileira, demonstram que não têm política; apoiam Biden, buscam conciliação com FHC, Doria etc.

A saída para a crise política e econômica do país passa, invariavelmente, pela tomada das ruas pelas massas e a derrubada do governo golpista. Para isso, é preciso fazer atos contínuos, fomentar a mobilização popular e fazer um intenso trabalho de agitação e propaganda em torno de questões elementares, como o auxílio emergencial e a vacina.

Pimenta destacou que, recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), controlada pelo imperialismo estadunidense, rejeitou a vacina russa Sputnik V, seguindo as normas do imperialismo e obedecendo fielmente aos mandos das grandes corporações imperialistas. Essa política genocida, sem sombra de dúvida, acarretará numa profunda piora da pandemia no país, uma vez que a vacina russa poderia contribuir com a mitigação da crise sanitária, sendo esta utilizada em dezenas de países sem apresentar nenhum efeito colateral danoso para a saúde dos vacinados. Isso é um absurdo! A esquerda não pode ficar refém da burguesia nos joguetes institucionais. Com a CPI da pandemia, a esquerda caiu de cabeça achando que essa seria a salvadora da lavoura. Está claro que essa é uma estratégia da burguesia para manipular a população e criar as condições para a substituição de Bolsonaro por outro elemento da direita ou até mesmo da extrema-direita para dar sequência à política de terra arrasada conhecida como neoliberalismo. Além dos sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda, outro setor que conserva uma nulidade política é o movimento estudantil. Ao ser dominado por uma classe média, acabou caindo no abstracionismo, sem nenhuma política concreta para os estudantes.

Sobre a chacina no Rio de Janeiro, assinalou que não é de hoje que a polícia comete esses crimes; essa é uma política de Estado que encontra na polícia, seja ela militar ou civil, os meios para reprimir a população e manter um regime de terror contra o povo pobre, principalmente. Dessa vez, a Polícia Civil foi a responsável pela carnificina no Jacarezinho, portanto, qual seria o resultado de uma “desmilitarização da PM”, defendida por setores da esquerda? Nenhum. Fica evidente que esta reivindicação não tem qualquer conteúdo prático. Não se trata de um problema de regulamento. É preciso dissolver todo o aparato repressivo do Estado, seja civil ou militar.

Além disso, fica evidente a completa incapacidade das instituições do regime político em controlarem a extrema-direita. Mesmo após o Superior Tribunal Federal (STF) ter negado ações em favelas no Rio de Janeiro, a polícia atropelou o STF, o Ministério Público e, literalmente, deixou um rastro de – pelo menos – 29 mortos em uma operação criminosa. A esquerda precisa ter palavras de ordens que tenham conteúdo político e impulsionem o movimento popular contra todo o aparato repressivo, exigindo sua completa dissolução. No Brasil, o pobre está cada vez mais encurralado em um labirinto onde os caminhos levam à morte: morrer de coronavírus, de fome ou pelas mãos da polícia.

Para assistir na íntegra, acesse o aqui: Brasil: massacre permanente – Análise Política da Semana, com Rui Costa Pimenta

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