Para a BBC, presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Eduardo Lima de Souza, afirma que um quarto dos motoristas de aplicativo deixaram de trabalhar para as plataformas desde o início da pandemia, com base em números da Prefeitura de SP.
De acordo com Souza, as tarifas não são reajustadas desde 2015. Por outro lado o aluguel mensal do veículo passou de R$ 1.400 para R$ 2.000, sem fala na alta dos preços dos combustíveis que tem aumentado significativamente, inclusive nesses últimos meses. A gasolina por exemplo, já subiu nove vezes somente em 2021.
“Os motoristas entraram numa fase crítica depois desses consecutivos aumentos dos combustíveis. Uma situação muito grave. Não tivemos reajuste de tarifa nem para acompanhar a inflação desde 2015. O motorista vem sentindo isso e muitos vêm desistindo desde o início da pandemia, em 2020”, afirmou Souza.
Além disso, os motoristas reclamam das plataformas que apresentam muitos problemas, entre eles as formas como estão sendo canceladas as corridas e as punições em relação ao cancelamento do próprio motorista. As vezes a distância não compensa a corrida e o trabalhador acaba pagando pra trabalhar.