A partir de um estudo do Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba na Argentina, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) divulgou hoje (24) dados de testes clínicos feitos com a vacina russa Sputnik V no país. Para 99,65% dos pacientes que tomaram a vacina, houve o desenvolvimento de anticorpos para a cepa brasileira do coronavírus após o 42º dia da segunda dose. Para 85,5% destes desenvolveram a proteção (anticorpos) já no 14º dia da primeira dose.
O estudo comprava não só a eficácia geral da vacina russa, divulgada em fevereiro de pelo menos 91,6%, mas como a sua eficácia contra variantes novas, inclusive a variante brasileira. O resultado do estudo contrasta com a posição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira que em abril negou o registro emergencial, impedindo seu uso nos brasileiros.
A empresa União Química, que tem os direitos para produzir a vacina no Brasil, desistiu de realizar os mesmos testes com brasileiros, face a negativa do uso pela Anvisa. Porém, a indústria segue produzindo a vacina em solo brasileiro e exportando-as para países vizinhos como Argentina e Paraguai.