Depois de um final de semana sangrento e desumano que a comunidade do Salgueiro passou nesses últimos 20 e 21 de novembro, um final de semana que comemoraria a consciência, liberdade e dignidade do povo negro serviu para mostrar a real condição dessa parcela da classe trabalhadora. A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ), executou sua tarefa tão bem, que mal se reconhecem os corpos que ainda estão sendo retirados do manguezal do bairro das Palmeiras.
Os traços de prática desumana são membros quebrados, olhos furados ou arrancados, rostos desfigurados com facas, dedos decepados, um verdadeiro cenário de filme de terror que mais uma vez tem como cenário a periferia carioca.
“Meu irmão foi barbarizado, está com o rosto irreconhecível.” Depoimento de uma moradora.
O maior problema enfrentado pela população negra sem dúvida é a violência e o extermínio por parte da Polícia Militar de todo o país. Um verdadeiro instrumento de tortura, opressão e execução da lei do Estado sobre a classe trabalhadora. A crueldade é a marca da representatividade política do Estado do Rio de Janeiro a direita que odeia humilha, tortura e mata pobre.