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Uma máquina de guerra e golpes

Tentativa de golpe em Cuba e o avanço imperialista no continente

Mais uma vez, a defesa da democracia é utilizada como senha para desestabilizar governos e o combate à corrupção é o ouro de tolo dos desavisados

A tensão no continente aumenta a cada dia. Tentativas de golpe, embargos econômicos e manipulações de todos os tipos estão na ordem do dia. O preço pago a quem não se submete aos ditames do grande capital é alto e desde que a crise do sistema capitalista tomou o planeta o apetite do imperialismo conquistou um novo patamar. Em face da crise capitalista mundial, a política de rapina dos países imperialistas tem ignorado todo o cerimonial diplomático dos tempos de paz e assumido cada vez mais abertamente o caráter predatório e voraz dos grandes monopólios e da banca internacional.

Desde que assumiu a cadeira de presidente dos EUA, Joe Biden (Democratas) tem feito de tudo para não decepcionar os setores da burguesia imperialista. À frente da mesa de negócios do Estado, o mandatário despiu-se da roupagem identitária utilizada para se promover e deu novos rumos à política da maior economia do mundo. Ameças à Rússia, China, Venezuela e, recentemente, a Cuba dão o tom de como a orquestra de guerra dos EUA planeja tratar seus inimigos políticos. Nessa segunda-feira, 12, Biden decidiu dar mais um passo contra Cuba e lançou ataque às autoridades cubanas. Segundo o senhor da guerra, ao invés de protegerem a população da pandemia do novo coronavírus e da dificuldade econômica enfrentada há décadas, estariam elas preocupadas em “enriquecerem a si próprias”. Nada mais cínico! Cuba, ao contrário do que disse Biden, produz uma das vacinas mais eficientes no combate ao coronavírus – a Abdala. Ademais, o sofrimento do povo cubano relacionado às dificuldades econômicas suscitadas é resultado direto do embargo econômico desumano imposto pelos países imperialistas, tendo os EUA como o principal responsável.

Recentemente, em Cuba, uma tentativa de golpe do imperialismo foi malograda. Derrotada pela mobilização popular em apoio ao governo, a operação imperialista não teve êxito. Essa ação, no entanto, ao contrário do que pensava a esquerda pequeno-burguesa, demonstra que Biden está longe de ser um defensor da “democracia” e tampouco é melhor que Trump. Isso pode ser visto uma vez que o governo norte-americano está implementando uma política agressiva contra toda a América Latina – mais agressiva ainda do que Trump. Não foi por acaso que houve uma gigantesca operação eleitoral para elegê-lo. O imperialismo sabia em quem confiar sua cartilha – decidiu eleger Biden e rifar Trump.

Os tentáculos do imperialismo norte-americano não são vistos apenas em Cuba; em outros países da região também é possível vê-los, como na Nicarágua, onde já começou uma campanha golpista contra o governo nacionalista de Daniel Ortega, ou então no Haiti, onde o presidente fantoche do imperialismo foi assassinado provavelmente a mando do imperialismo porque não estava conseguindo controlar a situação diante do ascenso das massas. Mais uma vez, a defesa da democracia é utilizada como senha para desestabilizar governos e o combate à corrupção é o ouro de tolo dos desavisados. De acordo com Ryan Berg, bolsista sênior e acadêmico do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, o governo se esqueceu de “reforçar esses movimentos democráticos [grifo nosso] incipientes que poderiam canalizar parte dessa raiva que vemos hoje, em termos de rebeliões, em termos capacidade de combate à corrupção [grifo nosso], em termos de oferecer às pessoas bens socioeconômicos reais”. Segundo Patrick Ventrell, diretor de políticas da América Central no Departamento de Estado, “a tendência é clara que estivemos muito preocupados com as instituições democráticas ao longo do tempo”. Após o assassinato do presidente do Haiti, Biden se pronunciou a respeito. “Os Estados Unidos estão prontos para continuar oferecendo ajuda”, disse. Quando indagado sobre o Haiti e Cuba, o mandatário estadunidense prometeu novidades “Fiquem ligados”, afirmou.

Aos gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura”, uma horda de direitistas saiu às ruas em Cuba no domingo, 11, como correia de transmissão da tentativa de golpe contra o Estado Operário. A Reuters, como um dos principais veículos de comunicação da burguesia imperialista, logo tratou de elaborar uma matéria em apoio aos manifestantes contrários ao governo cubano. Reclamações acerca dos cortes de energia e restrições quanto à pandemia tomaram as páginas da imprensa capitalista. O que ninguém é capaz de explicar, contudo, é o real motivo da falta de energia e da situação econômica do país. Deveras, ao esclarecer a opinião pública corre-se o risco de afundar na própria lama. Outro fato que deve ser considerado é a viagem do chefe da CIA pela América Latina que certamente tem a ver com isso. E quanto à aproximação de Biden com Bolsonaro e dos elogios de Biden ao fascista brasileiro? Não restam dúvidas quanto aos planos do imperialismo para o Brasil. Não será a primeira vez que o imperialismo “democrático” apoiará um golpe contra a população brasileira. Podem apostar! Caso haja necessidade, o imperialismo apoiará Bolsonaro em 2022.

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