Conforme informa a agência de noticias do país, SANA, o sistema antiaéreo da Síria conseguiu repelir um ataque israelense durante a noite da última quarta-feira (3). Os sistemas antiaéreos sírios impediram um ataque contra o sul do país, no qual as explosões foram ouvidas na província de Al-Quneitra.
Segundo as forças armadas sírias, os sistemas antiaéreos abateram a maior parte dos mísseis e Damasco exigiu em diversas ocasiões ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que pressione Israel a cessar os ataques, provocações militares, observando que estas ações violam a soberania da Síria e elevam as tensões na região.
O governo israelense é monstruoso ao ponto de utilizar a oportunidade do genocídio do coronavírus para matar palestinos, não vacinando este contingente da população. Logo, é improvável que os israelenses parem com este tipo de atividade militar, uma vez que já sabemos que seu governo não apenas incentiva crimes contra as minorias muçulmanas na região, mas também age de maneira não menos criminosa contra palestinos que estão sob sua responsabilidade.
Esse país, que é um verdadeiro fantoche do imperialismo na prática, vem sendo utilizado na região há muito tempo para atacar países considerados inimigos dos norte-americanos, invadindo e saqueando riquezas. O ataque desta vez veio a partir do espaço aéreo das Colinas de Golã, usando mísseis ar-terra e terra-terra para atacar alvos no sul da Síria, expressando um agravamento da crise no Oriente Médio.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram um projétil explodindo durante a noite no céu da região. Enquanto isso, sabendo que a Síria vem sendo apoiada pelo governo russo de Vladmir Putin, a resposta da assessoria de imprensa do Exército israelense à Sputnik News foi a seguinte: “Não comentamos informações de mídias estrangeiras”.
A guerra contra a Síria é um reflexo da série de desestabilizações causadas pelo imperialismo após a chamada Primavera Árabe. O conflito iniciado em 2011, que já matou mais de meio milhão de sírios, é totalmente bancado pelo Estados Unidos. Ao lado da Síria estão a Rússia e o Irã, que também vêm travando batalhas pelas suas próprias soberanias e contra a ingerência do bloco de países imperialistas.
Além da guerra, o país sofre sanções destruidoras, com os EUA impondo através da ”Lei de César” fome e morte ao povo sírio por não se submeter à sua vontade. Mesmo assim a população da Síria chegou a ir às ruas em 2020 pedindo a saída das tropas ilegais do país e que deixem o povo governar e reconstruir o país.
Nesse sentido, esta é a política correta a ser tomada por um país oprimido pelo imperialismo: não abaixar a cabeça diante dos ataques. Apesar de tudo isso, é uma luta de forças desproporcionais e nem sempre o sistema antiaéreo sírio vai conseguir evitar os ataques, como ocorreu no bombardeio da cidade de Al-Azbah, norte da província de Deir Ezzor, em que uma criança veio a óbito.
A Síria vem sendo devastada desde 2011 pela intervenção norte-americana e de seus aliados, é preciso acabar com a matança e lutar pela autonomia dos países oprimidos. Fora imperialismo do Oriente Médio!