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Volta às Aulas Na Pandemia?

Seguindo a direita, Edinho Silva reabre as escolas em Araraquara

Edinho Silva (PT) libera a volta às aulas presenciais em Araraquara

O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), mantém a insistência em fazer exatamente o jogo que a direita e os capitalistas querem que ele faça para que eles, e não Edinho, colham os dividendos dessa política. Fcando para o próprio petista e o povo colher apenas o ônus.

O governista da maior cidade administrada pelo PT no interior de São Paulo, decretou que as aulas presenciais retornem a partir desta semana, possibilitando assim o aumento exponencial no número de contaminações de estudantes, professores e de todos aqueles que têm contato com eles.

A mesma politica de Doria

Logo após o feriadão da última semana, a cidade do interior paulista havia adotado medidas mais rígidas para, enfim, tentar conter a disseminação do vírus na cidade. Os transportes particulares e coletivos tinham sido suspensos, a circulação nas ruas, um toque de recolher havia sido promulgado, dentre outras medidas protetivas afim de que se diminuísse o assombroso número de 17.559 contaminados pelo COVID na cidade.

Entretanto, desafiando toda lógica e a própria segurança da população, na última segunda-feira (5) novas regras da Prefeitura de Araraquara entraram e vigor através de um decreto do prefeito petista. Edinho autorizou o retorno do transporte público, reabertura de salões de beleza, retorno às aulas e diversas outras atividades foram permitidas em pleno avanço descontrolado da pandemia do COVID-19. Já são 335 mortes por corona vírus na cidade e o prefeito Edinho continua a seguir as diretrizes falidas do governo Doria, estas que, por si só, são a principal causa do avanço desenfreado da doença.

Não há razão das aulas voltarem neste momento tão complicado da pandemia. Cumprir o direcionamento de João Doria (PSDB) é preterir a saúde de todos os envolvidos na educação da cidade, é deixar de lado a segurança dos estudantes e servidores das escolas. Edinho, se continuar agindo desta maneira, será cúmplice das mais de 1.300 mortes diárias que ocorrem no estado. Vale lembrar também que, ao mesmo tempo que libera os Shoppings e galerias comerciais, o prefeito proíbe manifestações políticas.

O movimento de professores na cidade sempre lutou contra as aulas presenciais durante a pandemia e esse decreto é um ataque frontal contra o setor – que, muitas vezes, representam a base do próprio partido do prefeito – e contra os estudantes. É mais uma de uma série de traições de Edinho aos trabalhadores que o elegeram para que lutasse contra a direita golpista. A atitude do prefeito representa o seu ingresso na política de “frente ampla” da extrema-direita que, inclusive, sempre tentou derrubá-lo. Não faz sentido algum atacar que sempre o defendeu: os trabalhadores e os movimentos sociais.

Inclusive, vale ressaltar, que o prefeito de Araraquara agiu em conjunto com a direita golpista para proibir os atos contra a Ditadura Militar no dia 31/03, utilizando-se da justiça para punir os militantes – particularmente os do PCO – que saíram às ruas da cidade para se manifestar. Estes apenas estavam exercendo seu direito básico e inalienável de manifestação política, sua liberdade de expressão e Edinho prometeu autuar criminalmente quaisquer militantes políticos que realizassem atos na cidade. Chegou, inclusive, a intimidar a Deputada Estadual Márcia Lia, de seu partido, diga-se de passagem, por ela ter gravado um vídeo para contribuir com a convocação dos atos.

Edinho vem trilhando um caminho de acomodação política, apesar de ser o prefeito da maior cidade governada pelo PT no país. Suas atitudes conciliatórias com a direita e a extrema-direita vão de encontro com a política atual de seu partido, tendo em vista que a própria presidente do partido foi uma das pessoas que participaram da convocação dos atos. Não obstante, a aplicação de um lockdown extremamente rígido e sem qualquer auxílio financeiro aos micros e pequenos empresários e nem para a população, proibiu arbitrariamente as famílias de buscarem o próprio sustento. Agora voltamos ao cenário mais permissivo e, em partes, irresponsável.

Como dito anteriormente em outra denúncia publicada pelo Diário Causa Operária se a população pode trabalhar, retornar às aulas presenciais, tomar ônibus e metrô lotados, morrer na fila de um hospital público à espera de um leito de UTI, sofrer com o desemprego, pagar caro nos alimentos, também tem o direito de protestar. O direito democrático de liberdade de manifestação, conquistado pela luta das massas contra a ditadura militar – com a participação do PT – é fundamental e garante todos os demais. Sem ele, o povo torna-se escravo.

O que pode e o que não pode na cidade:

Num último balanço da situação da cidade, agora os salões de beleza e barbearias podem atender presencialmente a partir da segunda-feira, mas só é permitida a presença de apenas um cliente por sala do estabelecimento e mediante agendamento. O mesmo serve para aos escritórios e autoescolas. As OSC’s e os grupos de voluntários poderão continuar exercendo suas atividades normalmente, de forma que possam organizar o recebimento de doações de alimentos, cestas básicas e refeições, bem como a produção e distribuição para pessoas em vulnerabilidade alimentar.

O transporte público continua funcionando das 5h às 21h, enquanto o comércio em geral e lojas situadas nos shoppings centers e galerias poderão funcionar das 5h até as 20h e exclusivamente através da entrega em domicílio, da entrega em veículos e da retirada na porta dos estabelecimentos. Os restaurantes, bares e estabelecimentos de preparo e venda de alimentos de consumo imediato também poderão realizar delivery por 24h e atender por drive thru e retirada na porta do estabelecimento do estabelecimento, das 5h às 20h.

Excepcionalmente, ficará autorizado o agendamento para atendimento presencial, de um cliente por vez, para fins de escolha de produtos expostos em “showroom” nas lojas de materiais de construção, estas que deverão permanecer de portas fechadas e contar com a presença de no máximo 1/5 de seus funcionários. Todos os estabelecimentos de comércio que tenham algum sistema de crediário próprio poderão disponibilizar meios para pagamento de parcelas dos mesmos por consumidores, os quais deverão funcionar na porta dos estabelecimentos, sendo proibida a entrada de consumidores no estabelecimento, conforme o decreto publicado pela prefeitura.

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