Números divulgados, na semana passada, revelam os lucros recordes dos banqueiros no Brasil, mesmo com o agravamento da crise capitalista devido à pandemia do coronavírus.
O banco imperialista espanhol Santander, que está entre os cinco maiores bancos do país, obteve, nos 9 meses deste ano, um lucro gerencial de R$ 12,467 bilhões, crescimento de 29,4% em relação ao mesmo período de 2020. No último trimestre alcançou um lucro líquido de R$ 4,340 bilhões, alta de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O lucro do Santander veio com o aumento em expansão de crédito de 13,3%. Segundo dados da imprensa capitalista, maior crescimento dentro da carteira de crédito veio do segmento de pessoas físicas, que responde por 44% do total, crédito imobiliário teve um aumento de 26,1%, crédito pessoal/outros, 24,9%, cartão de crédito 21,5% e consignado 13,4%, produtos mais demandados pelas pessoas físicas.
O lucro dos banqueiros se dá em grande medida graças à política econômica neoliberal do governo golpista de Bolsonaro, voltada para atender aos interesses desses parasitas sociais.
As altíssimas taxas de juros cobradas pelos bancos à população, mesmo em oposição à taxa Selic se encontra em um patamar mais baixo, conjuntamente ao pacotes de medidas implementadas pelo governo, de ataques à classe trabalhadora e à população em geral, vêm garantindo aos monopólios financeiros uma enorme poupança, facilmente constatadas pelos enormes lucros obtidos pelos bancos, mesmo com a crise econômica mundial gigantesca agravada pela pandemia do Covid-19.
Enquanto isso, para sustentar os seus superlucros, o Santander demitiu cerca de 5 mil bancários; somente no período da pandemia do coronavírus, passando, inclusive, por cima do acordo firmado com os representantes dos trabalhadores em não demitir em período de pandemia, foram demitidos 2.045 funcionários.
Se concretizada a meta prevista pela direção da empresa, de demissão serão mais de 9,5 mil trabalhadores que engrossarão o exército de desempregados no país, que já ultrapassam 14 milhões de pessoas.
Os trabalhadores e suas organizações não devem aceitar a política do aprofundamento dos ataques dos banqueiros e de seu governo golpista, onde meia dúzia de parasitas capitalistas lucram à custa da demissão de dezenas de milhares de trabalhadores, do arrocho salarial de centena de milhares bancários.
É preciso organizar imediatamente um movimento nacional dos bancários para barrar a ofensiva dos golpistas.