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Para barrar o genocídio

É necessário lutar pela quebra das patentes

Defender a patente das vacinas é defender o genocídio contra o povo

Nesta semana, a Organização Mundial do Comércio (OMC) recebeu uma nova proposta para a suspensão de patentes de vacinas, além de todas as tecnologias que possam contribuir na luta contra a pandemia. Participando desta decisão, 62 países apresentaram o projeto, liderados por Índia e África do Sul, dois dos países atrasados que foram mais atingidos pela pandemia. Contudo, o que chama a atenção é a não participação do governo brasileiro.

Mesmo sendo país epicentro da pandemia, o governo de Jair Bolsonaro em acordo com o restante da burguesia “científica” nacional, decidiu por se colocar do lado das grandes empresas capitalistas do setor farmacêutico, sobretudo de países como Estados Unidos, que forçam a continuidade das patentes, superlucrando em cima do genocídio contra a população.

Para o imperialismo norte-americano, o apoio ou não da liberação das patentes já não trará maiores impactos para o país. Os Estados Unidos são o país que mais vacinou sua população, e isso se deve justamente ao fato de que o imperialismo detém em suas mãos grande parte da produção de vacinas mundial.

Dessa maneira, vacinas como Pfizer e  AstraZeneca, assim como diversos insumos, foram monopolizados pelo imperialismo para garantir a vacinação de sua população e assim salvar a economia. Para os países atrasados restou a falta de vacinas e o genocídio. É do lado desta política criminosa contra o povo brasileiro que os golpistas se colocam.

O Brasil chegou ao ponto de, mesmo com quase 500 mil mortos (dados oficiais), não permitir a chegada da vacina russa, Sputnik, na defesa dos interesses norte-americanos.

A defesa das patentes é um crime contra a humanidade. Hoje o Brasil computa 2.500 mortes todos os dias. O número de casos, depois de uma diminuição ilusória, e em grande medida falsificada, não para de aumentar por todo o país. Hospitais de grandes centros urbanos, como São Paulo, já ultrapassam a marca de 85% de ocupação, e a classe trabalhadora, a mais afetada pelo genocídio, começa a organizar greves em várias categorias exigindo a vacinação da população.

Está mais do que na hora dos partidos de esquerda, das organizações populares, se lançarem em uma intensa campanha de mobilização dos trabalhadores. O chamado por parte das categorias já foi feito, é necessário agora organizar e pôr em movimento a população, exigindo nas ruas a vacinação completa do povo brasileiro, algo que apenas será capaz com a quebra das patentes.

É justamente por isso que a reivindicação em torno das patentes é crucial. Neste dia 29, onde atos de rua estão marcados por todo país, é fundamental defender a vacinação imediata de toda população, o que poderá ser feito com a mobilização dos trabalhadores contra o regime golpista.

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