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"Luta" virtual

Proposta de “luta virtual” não é lutar

A posição do setor majoritário da direção do Sindicato dos Bancários de Brasília, revela, mais uma vez, a completa confusão na qual se encontras os dirigentes sindicais

luta2017

Em reunião, de forma híbrida, da diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília, realizada nessa segunda-feira (22), no auditória da CUT DF, que teve como um dos pontos de pauta a proposta de alteração do atual estatuto da entidade, foi aprovado, com o voto contrário do diretor do PCO e duas abstenções, a propostas de modificação de cláusulas que permitem que as reuniões de diretoria, conselho fiscal, eleição sindical e até assembleias da categoria possam ser realizadas de “forma presencial, eletrônica ou híbrida”, ou seja, alterando a redação anterior, onde reza que os procedimentos, acima citados, só poderiam ser realizados de forma presencial.

As justificativas, desses setores da direção do sindicato, para a alteração do Estatuto da entidade, é de que, com a pandemia, para se adequar às normas dos governos de plantão, em relação à obrigatoriedade de distanciamento social, é preciso ter essa cláusula no estatuto para se evitar possíveis problemas burocráticos, do tipo: registro em cartório, justiça do trabalho ou coisas que o valham. Além disso alegam a questão da “modernidade”, sendo que, hoje praticamente todos os eventos são realizados, também, de forma virtual, etc. e tal.

Conforme determina o atual estatuto, a proposta, para ser aprovada, precisa passar em assembleia da categoria, de forma presencial, como consta no atual estatuto.

A posição do setor majoritário da direção do Sindicato dos Bancários de Brasília, revela, mais uma vez, a completa confusão na qual se encontras os dirigentes sindicais que, continuará persistindo com a política de “fica em casa”, política essa que vem dando asas paras os banqueiros implementaram os violentos ataques à categoria, através das demissões em massa, arrocho salarial, assédio moral, descomissionamentos, terceirização, venda das subsidiárias dos bancos públicos, pavimentando o caminho para a privatização, etc.

Todo mundo sabe que os patrões apenas se “sensibilizam” quando há uma efetiva mobilização dos trabalhadores, através dos seus métodos tradicionais de luta. Nada pode substituir uma grande mobilização de toda a categoria, uma agitação real, de massa, nos espaços públicos, com os sindicatos abertos com o objetivo de atender a demanda dos trabalhadores.

A forma virtual de “mobilização” dos trabalhadores bancários já deu exemplos de quão limitados são esses procedimentos virtuais, como aconteceu na 23ª Conferência Nacional dos Bancários que, logo no seu início, na aprovação do Regimento Interno, revelou o quanto burocrático é o método virtual.  Quando apresentado um destaque em um dos artigos, que vetava aos convidados à Conferência o direito a falação e voto, destaque esse que propunha que os convidados tivesse o direito a fala e vetado o direito de voto (proposta democrática tradicional do movimento operário), um dirigente sindical ligado à CTB da Bahia, diga-se PCdoB, fez a defesa de ser contra, alegando que o formato virtual inviabiliza a participação de outros trabalhadores, que não os delegados, por conta dos recursos técnicos que inviabiliza tal procedimento, que irá demorar muito para o procedimento, que a plataforma não permite que outros possam participar, etc.

Então fica a pergunta: se a tecnologia não ajuda para melhorar a situação de participação da categoria, qual seria a finalidade de utilizar tais recursos?

O mais curioso é que na própria reunião da diretoria, para aprovar a reforma do estatuto, aqueles diretores que participavam de forma remota reclamavam, por diversas vezes, que não ouviam o plenário, que a chamada estava com problema, além daqueles que simplesmente desapareciam da tela.

Todo militante sabe muito bem que, os governos golpistas, se utilizam dos decretos, em relação à obrigatoriedade do distanciamento social, só quando os trabalhadores se organizavam em manifestações de ruas. Não foram poucas as vezes que a Polícia Militar, nas manifestações, se utilizava desse argumento na tentativa de barrá-las.

Ao contrário disso, desde o início da pandemia, os trabalhadores continuam se aglomerando nos transportes públicos lotados, para se dirigirem aos seus trabalhos, sem que haja nenhum tipo de medidas para que evite as aglomerações.

Os exemplos demonstram que congressos, conferências, plenárias, reuniões, realizadas de forma virtual, é extremamente limitado para a participação dos trabalhadores, sem que acha uma efetiva discussão, de forma acalorada, que só podem acontecer de forma presencial.

E, mais ainda: em se realizando assembleias virtuais ou até mesmo eleição sindical de forma virtual, como garantir que os chefetes de plantão não estarão pressionando os trabalhadores, em seus locais de trabalho, para que votem contrários à greve, por exemplo; ou que, da mesma forma, sejam ameaçados para que votem na chapa da direita!?

O que se trata aqui, inclusive, é de defender e preservar a organização de luta dos trabalhadores, contra a investida da direita reacionária que deram o golpe de Estado, fraudam e manipulação eleições, como por exemplo a prisão, sem provas, do ex-presidente Lula que culminou com a fraude da eleição de Jair Bolsonaro.

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