Em meio a toda a crise capitalista que se aprofunda na prefeitura de São Paulo, com a Câmara dos Vereadores votando vários projetos contra o funcionalismo público municipal, no sentido de impor uma aproximação com as possibilidades de privatização dos serviços públicos, o prefeito fascista Ricardo Nunes exonerou dois servidores que não se vacinaram contra a Covid 19. Se apoiando em medida publicada no Diário Oficial do Município (DOM) em 07/08, através do Decreto 60.442, que determina a imunização obrigatória contra covid-19 aos funcionários públicos, o governo direitista do município sequer seguiu numa escala progressiva o que colocava o decreto, que previa inicialmente as penas de repreensão e suspensão, já determinando a demissão destes servidores, na tentativa de impor o terror contra o funcionalismo. A medida, que está baseada em decisão cautelar do STF e leis federais, consta como decreto vale também para funcionários de autarquias, fundações e da administração indireta que se enquadram nos grupos elegíveis para imunização.
Desde a última quinta (28), os funcionários da administração direta e indireta foram convocados a apresentar os comprovantes de vacinação nos seus setores de trabalho, sob pena de punições. Já no Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura Municipal, os funcionários têm de apresentar o passaporte da vacina, obrigatoriamente, para ingressar no local de trabalho. Apenas servidores que apresentem justificativa médica para não serem vacinados podem ser dispensados do cumprimento do decreto.
Ao mesmo tempo em que o governo Mdebista/Psdebista de Ricardo Nunes, demite servidores para impor sua política de submissão entre os trabalhadores, o mesmo governo que faz a falsa propaganda de estar preocupado com a saúde dos servidores determinou na última quinta-feira que dois grandes postos de vacinação contra a Covid-19, montados no Memorial da América Latina, na zona oeste da capital paulista, e no Shopping Anália Franco, na zona leste da cidade, vão deixar de funcionar, sendo que o ponto de imunização que ficava localizado no Anhembi (zona norte) já havia sido desativado recentemente.
A cidade de São Paulo figura como um dos municípios do país, onde o genocídio, chegou ao número de 38 mil mortos, mais de ¼ do total de mortos no Estado de São Paulo que chegou no último dia 29 de outubro a 151 mil mortos, mostrando que os governos que nada fizeram de efetivo para combater o genocídio, agora ainda querem demitir servidores que não se vacinaram, piorando ainda mais o caos social que a direita jogou o país.
A medida fascista do governo municipal de São Paulo, ultrapassa até mesmo as duras medidas tomadas o governo italiano que editou um decreto que obriga todos os trabalhadores, tanto do setor público quanto do privado, a apresentarem o “passaporte Covid-19” para comprovar que estão vacinados ou que tiveram a doença ou fizeram teste negativo recentemente. A medida pode implicar inclusive em multa de entre 400 a 1.000 euros poderá ser imposta para aqueles que não cumprirem a norma. Já Nunes, como se pode constatar, ultrapassa de longe o governo fascista italiano que impõe multas, aqui é demissão.