Trabalhadores do terminal da Transpetro na Alemoa em Santos entraram em greve na última quinta-feira, dia 16 de setembro. Os petroleiros do terminal do litoral paulista reivindicam da empresa condições mínimas de segurança para a operação do terminal.
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (SindiPetro-LP) explica que as equipes operacionais estão com efetivo abaixo do mínimo necessário. Foram diversas demissões nos últimos meses e setores que contavam com 15 trabalhadores, hoje contam com apenas 9, quando o quadro mínimo necessário para garantir a segurança de operação do terminal e dos trabalhadores seria 11. A direção da companhia nega, tentando desmoralizar a mobilização.
Os trabalhadores protestam em frente ao terminal, entretanto sem interferir na sua operação. Adaedson Costa, coordenador-geral do SindiPetro-LP, aponta que a empresa não informou que trabalhadores foram recrutados para a equipe de contingência que mantém o terminal em funcionamento, pois com as demissões dos últimos meses não há mais destacamento de equipe de emergência no terminal.
A direção da empresa, como se sabe, particularmente desde o golpe de Estado, vem expandindo a exploração da mão de obra para aumentar os lucros dos acionistas e o bônus dos algozes dos trabalhadores, diretores e gerentes de unidades da empresa. A categoria vem sendo atacada em seus direitos e constantemente ameaçada com demissões, e a gerência da unidade se utiliza precisamente desta situação para colocar trabalhadores contra trabalhadores.
Evidentemente, o gerente da unidade, que não está disposto sequer a garantir a segurança dos trabalhadores em condições normais, menos ainda garantirá a segurança da equipe de contingência.
Como no caso da criminosa privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), juntamente com toda a infraestrutura logística de distribuição de combustíveis associada, responsável pelo abastecimento da região, quando os trabalhadores foram derrotados, apenas a mobilização pacífica e isolada dos petroleiros às vésperas da entrega da empresa não será suficiente para barrar o saque das riquezas nacionais e dos direitos dos trabalhadores da Petrobras.
A Transpetro é essencial no abastecimento de indústrias, termelétricas e refinarias no Brasil. Os trabalhadores têm, portanto, em suas mãos o poder de parar a economia do país.
Os sindicatos dos petroleiros devem mobilizar toda a categoria no sentido de ocupar e interromper as operações de todos os terminais da Transpetro. É preciso uma campanha de mobilização de toda a população, mostrando que a privatização da Petrobrás é causa direta da inflação e da degradação das condições de vida de todos os trabalhadores. Rumo à greve geral!