Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Dirigir sim, controlar não

Ninguém é dono dos atos vermelhos dos trabalhadores

Fala-se tanto em democracia na esquerda, mas a democracia é a ampla participação do povo nas decisões

Tem sido comum entre a esquerda a disputa pela “paternidade” dos atos. Não se sabe exatamente qual a importância disso, pois o importante mesmo é que os atos ocorram. Já foi uma grande vitória que, depois de mais de um ano, a esquerda voltasse às ruas.

Os partidos da esquerda mais próximos da frente ampla tentam tomar contas dos atos, como um caminho pelo qual a própria burguesia e a direita tentam surrupiá-los.

Existem, grossomodo, três grupos dentro dos atos da esquerda. Um é o bloco vermelho, formado pelo PCO, pelos Comitês de Luta e por uma boa parte dos militantes do PT (incluindo a ala lulista). Outro é a ala frente-amplista, que não quer a candidatura de Lula. Um terceiro, que se apresenta com uma faceta pseudorradical sob o nome Povo na Rua, formado por setores do PSOL e seus apêndices (UP e PCB) – um grupo antipetista, que também não quer a candidatura de Lula.

Esses dois últimos grupos atuam, cada um de sua maneira, para frear e destruir o movimento pelo Fora Bolsonaro, a favor dos interesses da burguesia e da direita golpista. Tanto um como o outro tem feito de tudo para tomar de assalto os atos, censurando uma parte dos próprios participantes de esquerda. Isso é visto em reuniões e “plenárias”, como a do Povo na Rua, em que o PCO, por exemplo, foi impedido de participar. No ato do dia 19 na Avenida Paulista, esses grupos também tentaram boicotar a fala do companheiro Antônio Carlos Silva em nome do PCO.

São, na realidade, grupos interligados. O PSOL, por exemplo, tem um pé na frente ampla (com alianças com o PDT, PSB, PV, Rede – quando não com o MDB, PSDB e DEM) e outro no Povo na Rua, com seus apêndices da UP e PCB e correntes como o MES de Luciana Genro (apoiadora máxima da Lava Jato na esquerda).

A articulação das “lideranças” desses grupos tem realizado encontros secretos para decidir os rumos dos atos. E faz isso de maneira extremamente informal, ao invés de ser de modo formal e democrático, cujas decisões devem ser públicas.

Tenta-se controlar os atos. No Rio de Janeiro isso foi muito óbvio, com a “operativa” que ninguém sabe quem é decidindo realizar uma passeata saindo de lugar nenhum para nenhum lugar de importância. Ou em direção a um bairro burguês. Tudo isso a contragosto dos anseios das bases do movimento. Tudo isso para conter o movimento, paralisá-lo e, em última instância, aniquilá-lo.

É preciso fortalecer a frente única da esquerda, formalizá-la e torná-la mais democrática. Unidade na luta com os trabalhadores, a juventude, os partidos da esquerda e os movimentos populares com laços reais com os oprimidos. É preciso manter a unidade e pressionar os dirigentes da esquerda para que atuem de acordo com a vontade das bases.

Ninguém é dono do movimento na esquerda. Os partidos e as organizações podem dirigir o movimento, mas não são proprietários dele. O movimento é de todo o mundo que está participando, um movimento popular amplo. Popular, não de classe média, não um movimento coxinha (por isso também a direita não é bem-vinda).

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.