A primeira-ministra da Alemanha, país mais industrializado e maior economia europeia, voltou atrás nesta quarta-feira (24) da decisão de adotar um lockdown de cinco dias durante o feriado da Páscoa.
A líder alemã disse que, apesar de ter sentido a proposição do lockdown, não houve tempo para um planejamento do isolamento e pediu desculpas à população por ter provocado “incertezas”, apesar da medida ter sido discutida e aprovada por ela e mais 16 governadores.
A medida foi questionada por epidemiologistas, políticos e empresários por diversos motivos. Para os técnicos da saúde, a paralisação de cinco dias (1º a 5 de abril) com abertura de mercados apenas no sábado dia 3, poderia provocar uma grande corrida aos estabelecimentos, elevando o risco de contágio.
Já os empresários se queixaram de ter que paralisar as atividades provocaria prejuízos financeiros. Após a decisão de recuo, a Associação da Indústria Automotiva elogiou a premiê alemã.
Na décima semana de 2021, os números de contágio da covid-19 cresceram 20% no país, contra 2% e 5% de aumento nas três semanas anteriores. A nova variante B.117 tem sido apontada como a causa desse aumento de casos e mortes.
A Alemanha, apesar de ser o país mais rico da Europa, vacinou em torno de 13% da população, enquanto que Reino Unido teria vacinado 45%.