O Conselho de Administração e o presidente golpista da Petrobras, Roberto Castello Branco, anunciaram a assinatura do contrato de venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, pela bagatela de 1,6 bilhões de dólares, quando a avaliação do INEEP (Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) estava entre 3 e 4 bilhões de dólares.
Essa refinaria é responsável por 14% da produção nacional de gasolina, óleo diesel, gás e mais de trinta produtos. O comprador é o fundo de investimentos Mubadala dos Emirados Árabes.
Aos trancos e barrancos, a política de Bolsonaro, de vender tudo, anunciada em campanha, está se concretizando. Desde o ano passado foi autorizado, inclusive pelo STF, a venda de toda Petrobras em fatias. Foram vendidas a Distribuidora, a Liquigás, as transportadoras de gás como a TAG, Termelétricas e o parque eólico, e ainda outras várias refinarias estão aguardando a assinatura do contrato de venda.
A empresa tem atingido lucros altíssimos, em partes pelo preço absurdo da gasolina, do diesel, do gás de cozinha. Enquanto isso, países sul-americanos cobram pouco mais de R$1,00 pelo litro, sendo muito mais pobres que o Brasil.
Na verdade, preços elevados são outra forma de transferir a renda dos brasileiros convertida em lucro da empresa, ao capital estrangeiro imperialista, na forma de dividendos aos acionistas, que na maioria são estrangeiros, como o próprio George Soros, bilionário investidor da Petrobras e outras empresas e bancos pelo mundo.
Com a crise econômica que data de 2008, potencializada pela pandemia mundial, abriu-se um período de acirramento da luta de classes. A burguesia, dona do Estado capitalista, está tirando todo benefício que puder dos trabalhadores. Renda, benefícios sociais, seguros sociais e tudo que conquistaram com muita luta por décadas. Isso ocorre em todo o planeta e portanto no Brasil também.
Os trabalhadores precisam se organizar em conselhos populares para lutar contra essa investida da burguesia empresarial. Suas lideranças já deixaram claro que não estão dispostas a fazer nada para ao menos tentar reverter a situação. Os trabalhadores só podem contar com sua própria capacidade de organização, e de fato possuem essa condição. E essa luta passa por defender o patrimônio do povo, a Petrobras, o SUS, a Embratel, os Correios, Banco do Brasil, Caixa Federal e tudo o mais. Assumir o controle e a administração de todas elas e ponto final.