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Crise nas montadoras

Em dois meses capitalistas fecham 4 fábricas de veículos no país

Novo fechamento decorre da falta de interesse capitalista em manter montadoras produzindo. Trabalhadores devem mobilizar-se para assumir o controle dos meios de produção

Seguindo o fechamento das fábricas da Ford no Brasil, a Mercedes-Benz  anunciou que também irá encerrar as atividades de sua unidade de produção de carros de luxo, localizada em Iracemápolis (SP). Em funcionamento desde 2016, a empresa anunciou que busca alternativas para o fechamento da fábrica, entre elas a venda. Esta é a quarta fábrica de veículos a fechar no País no intervalo de dois meses, após o fechamento de três fábricas da Ford, nos estados de São Paulo, Bahia e Ceará.

Com a ascensão da política golpista, a tendência de desindustrialização apresentada pela economia brasileira desde fins dos anos 1980, acentuou-se de maneira muito expressiva. Em 2020, o IBGE estima em 4,5% o recuo da produção industrial, com o principal fator de queda na atividade fabril verificada justamente produção de veículos automotores, reboques e carrocerias: -28,1%.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, credita à crise do setor à situação política geral do País: “O atual cenário prejudica todos os setores econômicos e poderia ser menos grave se contássemos com a sensibilidade e responsabilidade da classe política”, afirmou, acrescentando que “parte da instabilidade do câmbio não é econômica e sim política. Quase todo dia temos uma crise além da saúde”.

Obviamente, a crítica do dirigente patronal ao governo golpista restringi-se aos interesses capitalistas porém, inequivocamente, a política neoliberal vem produzindo uma situação de terra arrasada na economia nacional. No caso específico das automobilísticas, toda uma cadeia produtiva com milhares de trabalhadores se encontra ameaçada pela política econômica vigente.

Por exemplo, uma das cidades onde a Ford está instalada, Horizonte (CE), conta com 28 indústrias dedicadas à abastecer a gigante automobilística. A maior destas fábricas, a Vulcabrás, gera cerca de 10 mil empregos na cidade de 72 mil habitantes. Com o fim das atividades da Ford no Brasil e sem um destino produtivo à fábrica, as perspectivas para estes e milhares de outros trabalhadores -cuja atividade econômica orbita em torno das montadoras-, é a pior possível.

Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) vem procurando contornar o problema representado pelo fechamento da Ford em Camaçari através de contatos com embaixadores da Coreia do Sul, da Índia e do Japão, solicitando apoio para atrair investidores interessados na compra da fábrica nesses países. Trata-se de um grave equívoco.

As fábricas não estão fechando por terem perdido sua função econômica mas por não servirem aos interesses dos capitalistas. Neste caso, é preciso que os operários ocupem as fábricas, tomando-as para si e assumindo o controle das operações delas conforme seus próprios interesses.

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