A cada dia que passa agravam-se as já insuportáveis condições de vida que estão submetidos os trabalhadores e o conjunto da população explorada. É um fato que o governo reacionário e ilegítimo Bolsonaro não tem solução para a profunda crise econômico-financeira do país, expressão da grave crise de conjunto da economia capitalista mundial. Para salvar da bancarrota os lucros de um punhado de ricos banqueiros, industriais, latifundiários, especuladores e parasitas de toda a sorte, e tentar conter a crise política de seu governo (expressão de interesses divergentes e mesmo antagônicos entre setores principais da burguesia, como os do grande capital financeiro e do grande capital industrial), tudo o que Bolsonaro tem a oferecer aos trabalhadores são ataques cada vez mais violentos às já duras condições de vida: arrocho salarial, demissões em massa, aumento de impostos, ataques a aposentadorias, privatizações, destruição da Previdência, sucateamento da Educação, Saúde, entrega das nossas riquezas naturais, etc. “Neoliberalismo”, “modernidade”, “nova ordem”, não importam os jargões que adotem para os “modelos econômicos” da burguesia, a essência da política e dos planos econômicos dos diversos governos capitalistas que se sucederam no país é sempre a mesma: lançar sobre as costas dos trabalhadores e do conjunto da população explorada todo o ônus da especulação e da orgia capitalista.
Somada à agudização da crise da economia capitalista nacional, a política do governo Bolsonaro de sustentar o parasitismo da burguesia com o dinheiro público (inadimplência do crédito, “empréstimos” e “refinanciamento” fraudulentos, rombos, etc.) conduz o Estado burguês a bancarrota financeira.
Contraditoriamente, os banqueiros nacionais e internacionais nunca ganharam tanto dinheiro com na etapa atual (nos 9 primeiros meses de 2021, os 4 maiores bancos obtiveram um lucro líquido de R$ 66,8 bilhões). Tais lucros se deram através da política de “enxugamento”, “reestruturações”, etc. Os trabalhadores bancários encontram-se hoje numa situação de verdadeiro desespero financeiros. A alta da inflação, que corrói ferozmente os salários, hoje o holerite dos funcionários, quando não é integralmente engolido pelas “dívidas” com os bancos (dadas as extorsivas taxas de juros, a nível de agiotas, cobradas pelos empréstimos, cheque especiais, etc.) sequer consegue suportar os primeiros dias do mês.
Nesse sentido cresce em meio ao conjunto dos explorados do país um incontido sentimento de revolta e um enorme potencial de luta, já demonstrado pelos diversos movimentos grevistas, que eclodiram em 2021 (Petroleiros, Professores, Funcionalismo Público, Estatais, etc.)
Confrontados pelos duros ataques cada vez mais violentos da burguesia e seus governos, os trabalhadores estarão obrigados a lutar. A tarefa central que se coloca para a próxima etapa é preparar e organizar uma forte reação unitária do conjunto dos trabalhadores contra a ofensiva dos patrões e do governo reacionário de Bolsonaro, tenha como uma das principais palavras de ordem: Fora Bolsonaro de todos os golpista; Lula Presidente.