O deputado bolsonarista Junio Amaral (PSL) apresentou nesta terça-feira (14) um projeto de lei que visa a inviabilizar a candidatura do ex-presidente Lula já para as eleições de 2022. A PL 3.064/2021 prevê a inelegibilidade de qualquer candidato que tenha cumprido pena por qualquer crime e ainda que o processo tenha sido anulado.
O deputado afirma que a lei não se dirige à barrar a candidatura de Lula, embora deixe isto bem claro nas suas declarações: “Uma das diferenças da Lei da Ficha Limpa é que o meu projeto não especifica crime, ele só coloca a condição de ‘cumpriu pena. Não elaborei pensando especificamente no Lula, meu objetivo maior é criar uma medida para aumentar a purificação do meio político. Mas claro que o Lula, sendo um dos maiores bandidos do país, vai ser atingido por qualquer medida que busque melhorar o processo eleitoral tirando pessoas sujas da disputa”.
Aqui vale destacar que o deputado responsável pelo projeto é cabo da Polícia militar, uma das instituições mais fascistas e criminosas do país e responsável pelo assassinato de milhares trabalhadores. Fica evidente portanto, que o bolsonarista, assim como Bolsonaro, não estão preocupados com “pessoas sujas”, visto que a PM e diversos outros setores da extrema-direita são inimigos do povo responsáveis pelas mais diversas atrocidades. Fica evidente portanto que o objetivo da lei é : Mas claro que o Lula, sendo um dos maiores bandidos do país, vai ser atingido.
Os atos fracassados da direita tradicional realizados no ultimo dia 12 de setembro com objetivo de apresentar a 3ª via, o golpista João Dória (PSDB), mostraram que a direita e a terceira via não possuem qualquer apoio popular e que a disputa eleitoral de 2022 se dará entre Bolsonaro e Lula. O ex presidente Lula, por sua vez é a maior expressão popular da classe trabalhadora e do povo oprimido, e portanto possui maior apoio popular que a extrema-direita bolsonarista.
Com a 3ª via golpista demonstrando seu fracasso, o impeditivo para a extrema-direita nas próximas eleições se expressa justamente em Lula, que também é alvo das manobras golpistas, assim como aconteceu nas eleições de 2018, onde graças ao golpe da burguesia contra o PT e Lula e que colocou a extrema-direita no poder.
O projeto de lei, além de ser uma aberração jurídica, que impõe restrições com base em um critério expressamente anticonstitucional de “cumprimento de pena”, ainda que o processo que resultou na pena seja anulado; assim como a Lei da ficha limpa, retira dos candidatos o direito de disputar as eleições, e sobretudo o direito do povo de escolher seu candidato. O novo projeto de lei não passa de mais uma manobra da direita e extrema-direita que sem apoio popular usam as instituições burguesas para impor sua vontade contra a candidatura do ex presidente Lula e contra o povo trabalhador que quer Lula presidente.
A iniciativa da direita deixa evidente ainda que a candidatura de Lula não está garantida e que no que depender da burguesia golpista Lula não será candidato. Desta forma é fundamental impor a candidatura de Lula não pelas instituições, mas sim através da luta popular nas ruas que deve dar continuidade e força aos atos pelo Fora Bolsonaro e Lula presidente.