Na cidade de Brasília, onde o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro discursava para milhares de pessoas, o Partido da Causa Operária, o primeiro partido a levantar a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro”, foi censurado no ato organizado pela esquerda. No ato Fora Bolsonaro, que faria parte do sexto dia nacional de mobilização convocado pelo conjunto da esquerda, o PCO foi impedido, por manobras tão baixas quanto um golpe para eleição de uma chapa de Diretório Acadêmico, de falar no microfone.
Logo no início do ato, os companheiros Uriel Roitman, da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), a juventude do PCO, e Renan Rosa, dirigente nacional do Partido da Causa Operária, inscreveram-se para falar no caminhão de som. No entanto, seus nomes foram colocados no final da fila, para falarem quando o ato já estivesse no seu desfecho.
Mas o golpe não parou por aí. Quando enfim chegou a vez do PCO falar, a coordenação anunciou o “final do ato”, encerrando bruscamente as falas. Depois de os companheiros denunciarem o ocorrido, fez-se um acordo, em que somente o companheiro Renan Rosa falaria. Mas nem isso foi respeitado e o PCO não teve o direito de falar.
Por que tanto medo da palavra do PCO? Ora, justamente porque é o partido que está nas ruas para denunciar a capitulação vergonhosa da esquerda para a direita e para o bolsonarismo.
O PCO foi o primeiro partido a chegar ao ato, o único a montar uma tenda e ter materiais organizados para distribuir nos atos. Foi, de longe, o partido mais organizado no ato. E foi nessa condição que seus militantes testemunharam dezenas de pessoas chegando ao local e perguntando se de fato o ato aconteceria, tamanha a desmobilização provocada pela esquerda pequeno-burguesa.
O ato tinha um potencial gigantesco, era possível ver já na convocação. E ficou ainda mais evidente quando o ato enfim engrenou, com o povo animado e mostrando disposição. No entanto, o ato não chegou a reunir 3 mil manifestantes. Ninguém sabia se o ato iria sair, foi uma bagunça total. E tudo isso porque a coordenação do ato decidiu capitular para o bolsonarismo e a direita golpista, que anunciaram que o 7 de setembro seria um dia para Bolsonaro desfilar, e não um dia de luta.
É por isso que censuraram o PCO, porque é o único partido que não fez parte de nenhum acordo para destruir os atos de 7 de setembro.
