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João Vitor Dauzaker

Membro da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Estudante de Letras na Universidade de São Paulo (USP).

Golpe do identitárismo

Casa-grande sai em defesa de Bruna Brelaz, presidenta da UNE

Presidenta recebeu principalmente apoio da direita golpista

negro

Nesta semana, o jornal golpista Folha de S. Paulo publicou uma matéria para defender a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, após ser criticada por apresentar, em entrevista para o mesmo jornal, posições direitistas que envergonham a luta dos estudantes. 

Para o jornal, ela defendeu a aliança com verdadeiros bandidos políticos, responsáveis pela destruição do Brasil, como é o caso de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). FHC que em seu governo tratou de impor ao país uma política neoliberal extremamente agressiva, que devastou a economia nacional, vendeu a preço de banana, isto é, deu quase de graça para o imperialismo grandes estatais brasileiras, deixou o povo morrer de fome e miséria. 

Com tal posicionamento foi devidamente criticado por alguns setores de esquerda que repudiam a proposta de formação de frente ampla com típicos setores que são da casa-grande. Que são representantes do golpe de Estado de 2016. 

Esclarecemos, a metáfora da casa-grande serve para designar principalmente o poder político. Dizer que fulano é um negro a serviço da casa-grande é dizer, nos dias de hoje, que ele está a serviço daqueles que detêm o poder político. 

Ao defender entusiasticamente a política proposta pelo PCdoB, Bruna Brelaz e seu partido se colocam a serviço da casa-grande. A serviço daqueles que detém o poder político no País, isto é, a burguesia. 

Deixemos ainda mais claro. A casa-grande hoje no Brasil é o PSDB, A Globo, a Folha de S. Paulo, por exemplo. 

E para não ter que argumentar e defender o indefensável, a pelega dirigente da UNE grita racismo e ainda recebe o apoio da casa-grande no espetáculo identitário. 

A maior parte dos apoios que recebeu são de setores dessa camada bem-de-vida da sociedade. Além de nomes do próprio partido, que é óbvio, Bruna Brelaz recebeu o apoio de nomes como Simone Tebet (MDB-MS), Tabata do Amaral (PSB-SP), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Heloisa Helena (Rede), e nomes de partidos piores, como Cris Monteiro, vereadora do NOVO em São Paulo. 

Analisemos algumas destas pessoas.

Ciro Gomes, político da direita, já passou por vários partidos, tendo como primeiro o partido da ditadura, membro da oligarquia que domina o estado do Ceará. Golpista, defensor da terceira via.

Simone Tebet, de uma família de políticos tradicionais e defensores do latifúndio do Mato Grosso do Sul, seu pai, Ramez Tebet foi senador e presidente do Congresso Nacional. A atuação de Simone Tebet sempre foi defender os latifundiários e atacar duramente os povos indígenas. Isso ocorre porque Tebet é latifundiária e possui propriedades em um dos municípios com maior conflito entre indígenas e latifundiários, Caarapó, palco de massacre contra os índios. Tebet é proprietária da Fazenda Santo Antônio da Matinha neste mesmo município e tem profundos interesses no massacre de indígenas.

Tabata do Amaral, deputada que se elegeu com uma demagogia de esquerda pelo PDT de Ciro Gomes, mas que se revelou carrasca do povo brasileiro. Votou a favor da reforma da Previdência, contra a aposentadoria dos trabalhadores. A situação ficou tão feia para ela que chegou a ser expulsa do PDT e quase perdeu seu mandato. 

Com a análise de apenas três pessoas que apoiaram a presidenta da UNE já se conclui que a casa-grande saiu em defesa de Bruna Brelaz. 

Há ainda mais apoio de políticos tradicionais da direita, de candidatos financiados pelo banco Itaú, até de parlamentares do NOVO, partido neoliberal e ultra golpista. 

A lista de direitistas é grande, demonstra que a presidente pelega da UNE tem o apoio da casa-grande, já que está a seu serviço, que prontamente saiu em sua defesa.

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