Começa hoje o pagamento do auxilio emergencial do governo, uma esmola que corresponde a um valor médio de R$ 250,00, e uma grande parcela receberá uma esmola menor ainda, ou seja, R$ 150,00. Isso após o governo deixar 28 milhões na miséria total e sem o que comer, enquanto foram distribuídos trilhões de reais aos capitalistas, principalmente os banqueiros. No ano de 2020, conforme dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional a fome atingiu 19 milhões de pessoas.
O auxílio esmola que começou em 2020 devido à situação de extrema miséria e pobreza da população, por conta do aumento do desemprego que vem se alastrando, no primeiro momento, foi de R$ 600,00 e depois foi reduzido para R$ 300,00 e que, onde, naquele período, cerca de 68 milhões da população, acabaram recebendo e, em 31 de dezembro, foi extinto pelo governo golpista do fascista Bolsonaro.
Conforme o Inquérito Nacional sobre a Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil, conduzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a fome atingiu 19 milhões de brasileiros na pandemia em 2020. Eles estão entre os 116,8 milhões de pessoas que conviveram com algum grau de insegurança alimentar (fome) no Brasil nos últimos meses do ano, o que corresponde a 55,2% dos domicílios. Ou seja, o tamanho da miséria do país ficou totalmente escancarado.
A pesquisa foi feita durante os dias 5 e 24 de dezembro em 2.180 domicílios nos cinco regiões do Brasil, questionando os moradores sobre os três meses anteriores à coleta momento. (Folha de S. Paulo – 05/04/2021)
Patrões são agraciados
Diferente das 68 milhões de pessoas, desempregadas, subempregadas, os patrões, que o governo representa, principalmente os banqueiros foram agraciados com trilhões de reais, no primeiro momento foi de R$ 1.2 trilhões, porém, o que foi entregue ao longo de 2020 foi bem maior.
Apesar da miserável situação deixada pelo governo ilegítimo de Bolsonaro, bem como, por todos os governantes do país, nem é preciso ser nenhum matemático ou pesquisador para afirmar que o quadro apresentado em 2020 foi de uma situação catastrófica, mas que será bem pior, porque o auxilio miserável não dá para nada.
Para ter a dimensão da disparidade de valores que foram colocados, no ano de 2020 em relação aos de agora, é só ver as informações divulgadas pela Caixa Econômica Federal em 2020, onde o governo federal gastou R$ 292,9 bilhões com as duas rodadas de auxílio emergencial (a primeira, de R$ 600, e a segunda, de R$ 300). Para 2021, a previsão é de que apenas R$ 44 bilhões sejam gastos, uma diferença de mais de 666%.
Para onde ir?
Com a vulnerabilidade em que se encontra os trabalhadores e a população explorada no Brasil, onde, o desemprego e, consequentemente, a miséria vem aumentando exponencialmente, o país conta hoje com mais de 220 mil pessoas em situação de rua, principalmente no período da pandemia esse contingente vem crescendo. O dado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica um aumento de 140% no número de pessoas nestas condições entre 2012 e março de 2020.
Com o desemprego que vem se alastrando, principalmente durante o governo ilegítimo de Bolsonaro e, inclusive em 2020 e no início desse ano, com o fechamento de várias indústrias, como a Ford, e Mercedes Benz, por exemplo, outras montadoras, inclusive estão se preparando para fazer o mesmo. Hoje o país está em uma situação de que mais de 90 milhões de operários ou estão desempregados, desistiram de procurar trabalho porque não encontra, ou são subempregados.
Portanto, é preciso lutar para que todos tenham direito ao auxilio emergencial já! Não como esmola, mas é preciso cobrar dos governos, tanto federal, do fascista Bolsonaro, como dos estaduais e prefeituras, cujo valor não pode ser menos que um salário mínimo. Por essa questão, e contra os demais ataques proferidos pelo governo fascista de Bolsonaro é preciso sair às ruas.