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Política do mal menor.

Biden coloca Kamala Harris para impedir imigração nos EUA

Biden dá continuidade a toda política criminosa de repressão contra os imigrantes latino-americanos e segue desapontando os incautos que creditavam a ele algum viés democrático.

O mais novo episódio do lindo mundo democrático de Joe Biden é a luta dele e de sua vice, Kamala Harris, contra os fluxos migratórios oriundos de países como o México, Honduras, El Salvador e Guatemala. Cenas de crianças amontoadas em condições precárias, com poucos mantimentos e separadas de seus responsáveis causaram uma verdadeira comoção na comunidade internacional, isso no governo Trump. Hoje, tal cena se tornou mais comum e com certos agravantes inerentes a situação da pandemia da Covid-19.

Child migrants: First photos emerge of Biden-era detention centres - BBC  News
Campos de concentração de Biden para crianças, na fronteira EUA-México. Foto: Reuters

Pouco tempo atrás, antes da contestável vitória de Joe Biden sobre Donald Trump, um eufórico sentimento tomava conta de uma parcela considerável da esquerda pequeno burguesa brasileira. Para tal setor, o momento era marcado como o mais emblemático combate entre o fascismo e a democracia destes tempos, modelos políticos encarnados nas dantescas figuras de Trump e Biden, respectivamente.

O alvoroço alardeado pela esquerda, à época, parecia não considerar o vasto histórico de guerras, golpes de Estado, massacres, exploração econômica e genocídios perpetrados pela maravilhosa democracia norte-americana, inclusive o golpe de Estado no Brasil, organizado pelo governo Obama, do qual Biden era vice e articulador. Afinal de contas, Trump era muito pior do que isso tudo. O clima era basicamente permeado pela esperança de que uma vez derrotado, Trump daria lugar a um paraíso repleto de igualdade racial, onde prevaleceriam os plenos direitos democráticos da população, um bálsamo para os imigrantes que buscam viver o “sonho americano”, um acolhedor lar para a prosperidade que fora banida do recinto quatro anos atrás com a vitória de Trump.

Pouco mais de dois meses se passaram desde que Joe Biden assumiu a presidência da mais agressiva nação imperialista do mundo, e o resultado prático da sua vitória não poderia estar mais distante das frágeis ilusões da esquerda pequeno burguesa. A política do “mal menor”, ou seja, de que os trabalhadores – na falta de uma alternativa eleitoral própria – deviam apoiar o candidato menos pior, colocava Biden como o “mal menor” e reforçava um falso embate entre fascismo e democracia – no qual Trump representava a extrema-direita fascista e Biden a direita democrática. O resultado deste embate seria inevitavelmente a manutenção do mesmo bloco econômico no leme das políticas econômicas de rapina ao redor do mundo, mas desta vez com seu principal agente político. O Partido Democrata, com sua postura política de demagogia identitária, como negros, mulheres e a comunidade lgbt, já promoveu a guerra, a hostilidade e a opressão dos povos ao redor do mundo em nível mais alto do que o então presidente de extrema-direita, Trump, fez em 4 anos.

É assim que Biden e Harris não só procuram manter a dura política de imigração norte-americana contra os povos latino-americanos, como aprofundaram a repressão nas fronteiras e intensificaram os processos de expulsão de imigrantes, até então, considerados ilegais. Nesse sentido, não existe grande diferença entre Trump e Biden, ambos são faces da mesma moeda do imperialismo norte-americano, defendem essencialmente a mesma política opressora e criminosa contra os povos de todo o mundo, com o detalhe de que o atual presidente tem mais apoio da burguesia norte-americana para colocá-la em prática, como se viu no caso das crianças imigrantes e dos povos do oriente médio bombardeados pelo imperialismo “democrático” nos 3 meses de governo Biden.

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