Os banqueiros planejam, por intermédio dos seus representantes no reacionário Congresso Nacional, implementar mais um ataque à categoria bancária, com a abertura das agências bancários nos finais de semana.
De autoria de um deputado, cujo partido é representante da ditadura militar na década de 1960, Arena e, hoje se escondem na legenda dos “Democratas” (DEM) de São Paulo, David Soares, o Projeto de Lei 1043/2019 vem, mais uma vez, para atacar um direito conquistado pela categoria bancária, através de muita luta, da carga horária de 30 horas semanais.
O Projeto que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e rejeitado no Senado, devido às mobilizações dos trabalhadores, agora volta, mais uma vez, com a justificativa de “defesa ao consumidor”.
É claro que, para os banqueiros e seus representantes no Parlamento, um projeto que ataca diretamente os direitos dos trabalhadores, cujo o objetivo é aumentar o lucro de um punhado de parasitas, tem que vir com um ar “democrático” de defesa da população.
Sempre é bom lembrar que a jornada de trabalho de 30 horas semanais foi conquistada através de muita luta, inclusive ceifando a vida de 9 bancários a 92 anos atrás, na vitoriosa greve de 63 dias, em 1933, contra a extenuante jornada dos bancários e devido a grande incidência de adoecimento na categoria, que persiste até os dias de hoje e, devido a uma intensa pressão, o Congresso Nacional, na época, foi obrigado a aprovar a Lei que garante a jornada de 30 horas.
A ideia dos banqueiros, com tal medida, é, não aumentar os custos com as suas folhas de pagamento e, em consequência, aumentar a exploração dos trabalhadores bancários.
Na atual situação de desemprego no país, com um índice altíssimo de 15 milhões de pessoas, além dos 6 milhões de desalentados, mostra que a luta da classe trabalhadora hoje passa pela redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, se redução salarial, para que possa abrir milhões de vagas de trabalho.
A abertura das agências nos finais de semana é mais uma investida, dos banqueiros, dos seus representantes nos governos e no Parlamento, contra a categoria que, vem com o nome pomposo de “defesa ao consumidor”; um profundo ataque aos bancários, que extingue um direito histórico da categoria, que deveria estendido para as demais categorias de trabalhadores.
Que os capitalistas arquem com a crise capitalista, da qual são os únicos e exclusivos responsáveis.